“A percepção é de que o diagnóstico setorial está impreciso, uma vez que tem o objetivo de ofertar agem por um valor determinado, sendo uma ação de curto prazo”, diz o sócio e economista-chefe da T Partners, Ricardo Jacomassi.
O lançamento do programa, que pretende estimular a venda de agens aéreas a R$ 200 para aposentados com renda de até dois salários-mínimos e alunos do Prouni, está sendo adiado desde o ano ado, quando o ministro dos Portos e Aeroportos era Márcio França. Atualmente, é Sílvio Costa Filho.
A mais recente promessa é de que o programa entrará em funcionamento ainda neste mês. Um dos fatores que teria pesado na demora teria sido o "redesenho" do programa, aponta o ministro.
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Outras questões que afetam o setor e que envolvem o governo são os preços dos combustíveis e a liberação de linhas de financiamento. “Não há nada de efetivo sobre esses assuntos e estamos aguardando uma nova rodada de negociações. Temos um bom diálogo com o governo”, diz a presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Machado.
O setor aéreo brasileiro vem enfrentando uma série de desafios nos últimos anos, resultando em perdas significativas. Segundo um levantamento realizado por José Ricardo Botelho, presidente da Associação Latino-americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), as empresas do setor acumularam um prejuízo de R$ 54 bilhões entre 2010 e 2022. Apenas em três anos (2010, 2017 e 2019), as empresas conseguiram fechar no azul.