Moro renunciou à toga para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PSL), em 2019, mas deixou o governo pouco mais de um ano depois, acusando o presidente de interferência na Polícia Federal e em seu trabalho. Desde então, ou a ser um nome politicamente apontado como potencial adversário à reeleição de Bolsonaro.
Fora do governo, o ex-juiz foi morar nos Estado Unidos e trabalhar na iniciativa privada. Até que, em novembro do ano ado, regressou ao Brasil para, pela primeira vez, filiar-se a um partido político e iniciar uma pré-campanha à Presidência da República, pelo Podemos.
Em abril deste ano, atrás de mais estrutura para a eventual campanha, Moro trocou o Podemos pelo União Brasil, mas acabou preterido internamente na escolha de pré-candidato à Presidência, com o partido indicando o nome de Luciano Bivar. Moro, então, disputaria o Senado por São Paulo, em dobradinha com a esposa, Rosângela Moro, pré-candidata a deputada federal. Mas o Tribunal Regional Eleitoral paulista negou o domicílio eleitoral do ex-ministro.
Ao decidir disputar o Senado pelo Paraná, Sergio Moro torna-se adversário direto do senador Alvaro Dias (Podemos), pré-candidato à reeleição e um dos responsáveis por atrair Moro para a política.
O pré-candidato ao Senado disse ainda não ter uma aliança fechada, itiu estar conversando com diversos partidos, mas ressaltou que essa definição só ocorrerá no período de convenções, entre 20 de julho e 15 de agosto. No entanto, Moro tem conversas adiantadas com Cesar Silvestri Filho (PSDB) podendo repetir a aliança do União Brasil com os tucanos, já oficializada em São Paulo, inclusive, com a presença do ex-juiz no evento político.