O PDT, de Goura, transformou-se no principal adversário de Greca na eleição, mas não deve aderir à oposição na Câmara Municipal. Dos três vereadores reeleitos pelo partido, dois têm se declarado independentes e um, Tito Zeglin, tem votado com a base do prefeito. “Se a decisão depender de mim, continuo independente. Acredito que não se deve ser oposição apenas por discordar das diretrizes da gestão. Tem bons projetos do prefeito, que não vou me posicionar contra. Mas, se o partido orientar para a oposição, vou aderir”, disse o vereador Dalton Borba (PDT), que, apesar de não integrar a oposição, votou contra o prefeito em diversas discussões e, até, entrou na Justiça contra o projeto de custeio emergencial do transporte coletivo. “Não gosto de ser chamado de oposição, prefiro ser considerado uma fiscalização responsável. O Goura tem bons projetos na área do desenvolvimento sustentável e já ofereceu ao prefeito reeleito. É esse tipo de composição que espero. Mas sou fortemente contra tratoraços da base do prefeito, não voto a favor de regime de urgência para nada, quero que todos os projetos sejam discutidos democraticamente”, acrescentou. h684h
Fernando Francischini (PSL) foi o candidato mais crítico a Greca durante a campanha. Atacou o prefeito, fez denúncias, travou, inclusive, batalhas jurídicas no período eleitoral. Seu partido elegeu três vereadores, um deles, sua mulher, Flávia Francischini. Outros partidos que faziam parte da coligação do PSL, Solidariedade, Patriota e DC, conquistaram mais quatro cadeiras. Com sete vereadores, o grupo poderia fazer uma oposição significativa ao prefeito, mas, em nota, a vereadora eleita Flávia Francischini afirmou que a bancada adotará uma postura “independente propositiva” na Câmara.
O Podemos, que teve Carol Arns como candidata a prefeita, elegeu dois vereadores. Mauro Bobato, reeleito, compõe a base atual do prefeito. Já Denian Couto também diz que adotará postura de independência. “O Podemos ainda não discutiu isso no partido, mas deverá ser um partido independente, nem base nem oposição. Vai votar com a prefeitura quando entender que o projeto é de interesse da cidade e vai rejeitar quando o projeto for contra o interesse público, pelo menos é assim que eu vou me comportar. Ainda não houve reunião com o partido sobre isso, mas vou conduzir o mandato com independência. É assim que eu penso”, afirmou.
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O Partido Novo, que estreia na Câmara com dois vereadores, também já se declarou independente. "O que a gente tem falado é que a postura do Novo tem sido independente, apoiando nas pautas que considera aliadas a nossas ideias, fiscalizando, criticando e votado contra o que não concordarmos”, disse a vereadora eleita Indiara Barbosa, a mais votada no domingo. “É saudável para a prefeitura e para a cidade ter uma oposição atuante e fiscalizadora, e acho que Curitiba elegeu vereadores com esse papel, assim como é importante ter vereadores independentes, que não ignorem situações relevantes que a oposição levantar, que discutam as iniciativas do prefeito sem obrigação de aprová-las por ser da base e exerça um papel fiscalizador e propositivo”, acrescentou. “Sou auditora contábil e vou exercer, na Câmara esse papel do auditor independente”, concluiu.
O PV, que teve Professor Mocellin como candidato a prefeito, reelegeu a vereadora Maria Letícia, que se declara independente e tem votado contra o prefeito em várias questões. Já a coligação de Christiane Yared (PL) elegeu um vereador, mas Tico Kuzma (Pros) deve seguir na base de Greca.
Confira os partidos que ganharam ou perderam vereadores para a próxima legislatura: