A brutalidade do ataque mostra a intenção de provocar uma reação dura de Israel, que resultaria na destruição de partes de Gaza, talvez levando países árabes a ficar do lado do Hamas. Em Gaza, os terroristas usam a mesma estratégia usada pelos traficantes das favelas brasileiras: eles usam civis como escudos humanos. O Hamas coloca lançadores de foguetes em áreas densamente povoadas; quando Israel se defende atacando essas bases, mesmo tomando todos os cuidados possíveis – inclusive avisar do bombardeio com antecedência – vítimas civis são inevitáveis. Boa parte da mídia, então, culpa Israel.
Inacreditavelmente, há analfabetos morais – políticos, intelectuais e ativistas; todos, pelo que pude observar, de esquerda – que declaram apoio ao Hamas, mesmo diante das atrocidades. Um dos argumentos é que se trata de “resistência anticolonial” ou “descolonização”. Essa posição é uma aberração.
Qual foi o objetivo do massacre, além de expressar ódio fundamentalista?
Sequestro, estupro, tortura e execução de civis são crime contra a humanidade. Quem defende isso precisa procurar ajuda, ou ser penalizado duramente. É absurdo fazer qualquer paralelo entre Israel e as antigas potências coloniais. Israel é uma sociedade livre, integrada e democrática, que não explora nenhuma “colônia”. Ao contrário: Israel oferece oportunidades de emprego e progresso material e intelectual a milhares de árabes que entram em Israel para trabalhar todos os dias. O país tem cidadãos árabes, que possuem os mesmos direitos que os judeus. É Israel que fornece eletricidade e água para a Faixa de Gaza.
Pessoas bem-intencionadas, mas sem compreensão da história ou incapazes de refletir sobre a situação, fazem apelos pelo fim dos “conflitos”. Isso geralmente acontece quando Israel contra-ataca os terroristas para eliminar a ameaça. Mas o momento ideal para discutir o fim dos conflitos é antes que mísseis sejam lançados contra Israel, antes que famílias sejam massacradas, antes que mulheres sejam violentadas e mortas.
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Outros críticos, nem tão bem-intencionados, exigem “proporcionalidade” nos contra-ataques de Israel. É um argumento curioso. Que tipo de contra-ataque seria proporcional ao que os terroristas fizeram? Que resposta é adequada a um inimigo que sequestra crianças, as aprisiona em jaulas, e depois as decapita, misturando e espalhando seus corpos para que eles se percam das cabeças?
Esse foi o pior massacre de judeus desde o Holocausto. Enquanto os criminosos nazistas tentaram ocultar seus crimes monstruosos, o Hamas escolheu transmitir seus crimes ao vivo. Os terroristas cometeram atos sádicos contra pessoas indefesas, rindo e se divertindo, com se estivessem em um reality show.
Que uma parte da mídia tenha escolhido chamar os terroristas de “combatentes” é sinal de que algo muito grave está acontecendo. Não é possível calar diante de quem ameniza, apoia ou justifica esses crimes. Apatia diante do terror é a semente do mal.