Neste momento peço licença ao leitor para dar uma guinada de 180 graus (se não me falha a matemática que sempre me falha) e falar de todas as coisas ruins que a política trouxe para a minha vida. E sou até capaz de apostar alguns centavos: para a sua também. E aqui sou obrigado a expor alguns dos pensamentos inconfessáveis que menciono no primeiro parágrafo. 3h5q11

O medo, por exemplo. A desesperança. E, por consequência, a perda de algo que é muito importante para mim: a fé. “Como é possível que tenhamos normalizado esse sujeito como candidato à Presidência?”, me pego perguntando-pensando. Para que não haja dúvidas: estou me referindo a Lula. Sinto um calafrio que é mais desesperança do que medo, embora seja difícil distinguir uma coisa da outra. E, quando percebo, me vejo apelando para a muleta preferida do medroso: a arrogância.

Aliás, se me permito dar uma voltinha do ado, me deparo com um jovem amedrontado e, não por acaso, com um zilhão de certezas políticas. Ele ajeita os cabelos que já lhe começam a faltar e, com a voz um pouco trêmula, pergunta com indisfarçável soberba: “Como assim você não enxerga o óbvio?!”. E lá se vão a esperança, a coragem, a humildade, etc.

A política é cruel com a gente e a gente nem percebe. Ela nos trata como cidadãos, e não como seres humanos. (E se você perguntou "tem diferença">