As câmeras apontadas para eles têm filtros, a iluminação é boa, o enquadramento também. O problema é que não querem saber de perguntas, e falam, falam, falam... Não há entrevista, há ataques rasteiros. Não há chance de defesa, nem na televisão nem em inquéritos fajutos. Eles se dão o direito de acusar, inventando, tirando de contexto, mentindo descaradamente, rasgando as leis e as regras fundamentais do jornalismo e de qualquer sistema de Justiça sério.

É uma inquisição que certamente nos levará a um buraco profundo. A Justiça e o jornalismo já não querem mais saber dos bandidos de verdade, dos traficantes, assassinos, corruptos, lavadores de dinheiro... Por falta de espelho, magistrados e jornalistas veem seus inimigos particulares como golpistas. Enxergam tramas ilegais, estratagemas, e lá vai a polícia, a polícia particular que todo ditador mantém.

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Como aceitar um regime autoritário, que bota policiais atrás de pessoas que emitem opiniões publicamente? Como aceitar um regime totalitário, que viola a privacidade, a intimidade, que persegue gente que emite opiniões em grupos privados? Contas bancárias são bloqueadas, perfis em redes sociais são derrubados... Quem ameaça mesmo a democracia? Quem ataca mesmo os poderes da República?

O ilegal está escancarado. As intenções são claras. Estamos cercados de ativismo, o do Judiciário, o da velha imprensa, e é obrigação enfrentar essa força nefasta. Contra jornalistas, os movimentos são mais fáceis: trocar de canal, procurar novos portais de notícias, jornais e revistas comprometidos com fatos, não com militância. Contra os abusos cometidos por Alexandre de Moraes, dentro das quatro linhas, só há uma solução, e ela a pelo Senado.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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