A velha imprensa afirma que as redes sociais estão estimulando militantes bolsonaristas a comparecer à manifestação armados... É sério isso? O governador do Maranhão, adorador do comunismo, regime incompatível com a democracia, já alertou: “Pessoas armadas na rua é motim”. Doria diz que “o momento é gravíssimo”, que “os governadores não podem ficar em silêncio”. E a ideia é mesmo silenciar os outros.
Os jornais falam que “uma eventual tentativa de golpe no dia 7 de setembro não será nenhuma surpresa, será a estrita realização das táticas e dos objetivos anunciados, repetidas vezes, por bolsonaristas”. É o presidente que “investe contra o Judiciário”. É ele que se “empenha no conflito institucional”. Bolsonaro – está na velha imprensa – é como “os talibãs e escorpiões”.
Leio, naquele que já foi um importante jornal, que no Brasil tem havido “uma irresponsável tolerância com atos que desrespeitam a lei, a consolidar uma sensação de impunidade”. Eu concordaria, se o editorial falasse das 123 ações do STF contrárias ao governo federal, num período de dois anos e meio. O levantamento comprova a intromissão do Judiciário no Executivo (e também no Legislativo), o emparedamento do presidente da República. Danem-se o equilíbrio e a independência entre os poderes. Dane-se a legalidade. Dane-se a Constituição.
A velha imprensa fala de uma “onda de indignação” contra o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, já rejeitado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ela resolveu não ouvir especialistas que afirmam que a medida é legal. E não quer saber o que pensam verdadeiramente as pessoas que vão para as ruas no dia 7 de setembro.
A manifestação não é para incentivar a invasão do STF e do Congresso, como divulgam jornais mofados. As ruas serão tomadas. As armas serão o verde e amarelo, em camisas, bandeiras, faixas. O movimento não é necessariamente pró-Bolsonaro, é pela democracia, que governantes e velha imprensa atacam, fingindo defender. O movimento é contra tiranos mal disfarçados, é contra os hipócritas que estão esperando um golpe, enquanto golpeiam sem parar as nossas liberdades.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos