Na divisão por partidos, houve algum equilíbrio entre governo e oposição. A Liderança do Partido Liberal (PL) gastou apenas R$ 1,6 milhão com assessores, enquanto a Liderança do PT gastou R$ 6,7 milhões. Mas as Lideranças do Governo no Senado e no Congresso investiram mais R$ 6,7 milhões na contratação de assessores. O PP, maior partido do Centrão, gastou R$ 4 milhões. A Liderança do PSD torrou R$ 7 milhões.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) foi o terceiro colocado do ranking, com R$ 7,7 milhões. Senadores do PSD estiveram no alto da lista dos mais gastadores com assessores. Eles ocuparam do quarto ao sétimo lugar. Lucas Barreto (PSD-AP), Nelsinho Trad (PSD-MS), Angelo Coronel (PSD-BA) e Rodrigo Pacheco gastaram de R$ 7,1 milhão a R$ 7,7 milhão com a contratação de assessores comissionados ou integrantes do quadro efetivo do Senado. (Veja abaixo quadro com os 40 que mais gastaram)

O blog já havia revelado, na semana anterior, que os senadores haviam gasto R$ 29,4 milhões no ano ado com a cota para o exercício do mandato, o "Cotão", mais viagens e correios. Quatro senadores do PT ficaram entre os mais gastadores. A maior despesa foi feita por Humberto Costa (PE) – R$ 658 mil. Os valores eram elevados, mas representavam pouco na comparação com os salários dos assessores dos senadores.

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Os supersalários dos assessores

Entre os assessores diretos dos senadores, a maior parte estava lotada nos gabinetes do Senado Federal em Brasília. Essa despesa chegou a R$ 279 milhões. Os escritórios de apoio nos estados consumiram mais R$ 149 milhões. Os servidores efetivos em exercício nos gabinetes custaram R$ 83 milhões.

Um analista em exercício no gabinete pessoal de Pacheco recebeu um total de R$ 50 mil, incluindo vantagem pessoal, função comissionada e abono permanência. Com abate-teto de R$ 4,2 mil, sobrou R$ R$ 45,8 mil. No gabinete de Paulo Paim (PT-RS), um consultor legislativo teve renda bruta de R$ 55,6 mil. Com a aplicação do abate-teto, sua renda caiu para R$ 45,7 mil. O abono permanência de R$ 6,4 mil não sofre o abate-teto.

Um analista legislativo à disposição do senador Confúcio Moura (MDB-RO) teve renda bruta de R$ 52 mil, incluindo o abono permanência. Com a aplicação do redutor constitucional, recebeu R$ 45,7 mil. Outro analista legislativo em exercício no gabinete de Jarbas Vascondelos (MDB-PE) recebeu um total de R$ 53,6 mil. Com um abate teto de R$ 7,9 mil, ficou com renda de R$ 45,7 mil. No gabinete de Renan Calheiros (MDB-AL), uma analista teve renda de R$ 49 mil, incluindo o abono permanência. Com redutor de R$ 10,6 mil, sobrou R$ 45,7 mil.

A menor despesa na contratação de assessores foi do então senador Reguffe (União-DF). Ele manteve entre oito e nove assessores no seu gabinete ao longo do ano, com um gasto de R$ 1 milhão. Ele não usou a cota para o exercício do mandato durante oito anos. Não utilizou carro oficial, não viajou por conta do Senado, não utilizou o plano de saúde dos senadores e não de filiou ao plano de previdência do Senado. Pretendia disputar o governo do distrito Federal, mas não obteve o apoio do seu partido e não concorreu à reeleição.

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