Assessorias lideram despesas
A totalização por tipo de despesa mostra que os salários dos oito assessores constituem o maior gasto – R$ 44 milhões. São assessores técnicos, seguranças e motoristas. Os assessores melhor remunerados recebem até R$ 14 mil por mês, mas também há salários de R$ 10 mil, R$ 8 mil e R$ 6 mil. São servidores públicos escolhidos pelos ex-presidentes.
As despesas com viagens – diárias e agens – somaram R$ 14 milhões. Lula lidera esse ranking, com R$ 4,9 milhões. Só a última viagem, a Paris, Genebra e Berlim, custou R$ 150 mil. Porém, num período bem menor, Dilma torrou R$ 2,5 milhões. Só uma viagem de férias para Nova York, no ano ado, com duração de 37 dias, acompanhada por assessores, custou R$ 163 mil.
Há ainda gastos com combustível para os carros oficiais, num total de R$ 386 mil, feitos com cartões corporativos, e despesa com a manutenção desses veículos, mais R$ 106 mil. São disponibilizados dois carros para cada ex-presidente, com as seguintes características: sedan, quatro portas, com ar-condicionado, direção hidráulica, air bag e freio ABS.
Os direitos usufruídos pelos ex-presidentes estão previstos na Lei 7.474/1986 e no Decreto nº 6.381/2008.
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As despesas com os ex-presidentes foram informadas pela Presidência da República em atendimento a pedido feito pelo blog por meio da Lei de o à Informação. Mas há uma má notícia: os gastos são ainda maiores.
A Secretaria-Geral da Presidência informou que não foram apresentados os dados relativos à manutenção e consumo de combustível ao período de 1986 a 2012 porque isso demandaria “prolongada pesquisa em processos istrativos que tramitaram fisicamente (em papel) e se encontram depositados no Arquivo Central da Presidência da República, ou destruídos conforme legislação vigente”.
A Secretaria-Geral acrescentou que os gastos com combustível pagos com cartão corporativo estão disponíveis a partir do ano de 2004 e os de diárias e agens, a partir de 2003. Em relação à remuneração com a equipe de apoio aos ex-presidentes, a Secretaria-Geral informou que “só foi possível informar os valores de 1999 a 2019. Os dados relativos a anos anteriores não estão disponíveis para extração no SIAPE”.
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(*) Valor médio por ano completo
Fonte: Secretaria-Geral da Presidência da República