No dia 17, retornou a Nova York, onde ficou por mais 37 dias, até iniciar o retorno ao Brasil. Somente as 96 diárias pagas a assessores/seguranças custaram R$ 136 mil. A viagem toda saiu por R$ 162,7 mil.
Em outra viagem interessante, a petista esteve em Paris, Bruxelas e Madri, durante 18 dias. O trecho Paris/Bruxelas foi feito de trem. Em Paris, dia 14, ela postou nas redes sociais: “Na festa do L’Humanité. Pela libertação de @lulaoficial. Viva Lula! Viva a França!”. No dia 18, na Universidade de Sorbonne, ela definiu o governo Bolsonaro: "neofascismo com neoliberalismo". “Ele bate continência para os Estados Unidos”, afirmou.
Em Madri, no ato que celebrou os 130 anos da União Geral dos Trabalhadores (UGT), ela defendeu que Lula não deixasse a prisão com “um controle eletrônico amarrado na perna. Ele não deve sair com tornozeleira da prisão, mas como inocente”. A viagem toda custou R$ 132 mil, sendo R$ 85 mil para pagar 53 diárias da sua equipe.
Em 9 de novembro, Dilma esteve em Buenos Aires para participar de reunião do Grupo de Puebla, um fórum político e acadêmico formado por presidentes e ex-presidentes progressistas. Na prática, substitui o Foro de São Paulo.
No dia 14 de novembro, ela viajou para Dubai num voo de 1ª classe, para fazer palestra a convite do xeque Sultan bin Muhammed al-Qasimi. Um ageiro que também estava neste voo fez uma foto de Dilma dormindo e divulgou nas redes sociais, questionando a "mordomia". Após a repercussão na internet, a ex-presidente afirmou que os organizadores pagaram todas as despesas da viagem. A prestação de contas das viagens para Buenos Aires e Dubai, de 8 a 15 de novembro, foi conjunta. Mas o blog fez o cálculo do custo da viagem dos assessores de ida e volta a Dubai – R$ 44,7 mil, pagos com dinheiro público.
Dilma também esteve em Istambul, Amsterdan, Buenos Aires, Dubai, Pequim, Medellin, Bogota, Burgos (Espanha), Londres, Moscou e Viena.
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Fernando Henrique Cardoso foi o terceiro no ranking dos gastos de ex-presidentes em 2019, com R$ 955 mil. Quase a totalidade foi com salários de assessores e seguranças – R$ 880 mil. Ele gastou R$ 37 mil com seis viagens internacionais. As duas mais caras foram para Miami e Boston – R$ 11 mil cada uma.
A quarta colocação foi de José Sarney, que teve um gasto total de 844 mil, sendo R$ 757 mil com assessores/seguranças. Ele fez apenas uma viagem internacional, para Lisboa e Roma, de 9 a 16 de outubro, ao custo de R$ 21 mil. Todas as suas viagens, incluindo as nacionais, custaram R$ 58 mil.
Temer gastou um total de R$ 797 mil no ano ado. Ele viajou apenas para Londres e Madri, em outubro, mas a despesa chegou a R$ 66 mil. A viagem mais cara foi para Londres, no valor de R$ 40 mil, acompanhado por três servidores. Réu em ação penal por corrupção iva, lavagem de dinheiro e peculato, Temer precisou pedir autorização à Justiça para embarcar para a Europa.
Lula permaneceu 10 meses do ano preso em Curitiba. E mesmo sem poder se locomover, contava com carro oficial, seguranças e motorista. A sua equipe custou R$ 694 mil no ano ado. Em apenas 44 dias livre, gastou mais R$ 69 mil em diárias e agens viajando pelo país, além de fazer uma visita ao papa Francisco em Roma.