Em novembro daquele ano, um reforço na despensa do Jaburu, com 8 quilos de bacalhau dessalgado (R$ 123 o quilo) e 8 quilos de filé de robalo (R$ 90), além de outros peixes – tudo por R$ 4,8 mil. Na Ueda Pescados, compraram mais 6,5 quilos de camarão rosa a R$ 199 o quilo.
No último mês de governo, mais eventos no Alvorada. No dia 5, em almoço para 25 autoridades, foi servido mignon à Wellington, com risoto de alho poró com raspas de siciliano e legumes salteados. No dia 10, jantar para 30 autoridades. Foram servidos filé mignon ao vinho do Porto e pescada amarela.
O presidente da República, além do salário de R$ 30,9 mil, tem todas as despesas cobertas com recursos públicos. Conta com residência oficial – no caso, um palácio –, carro oficial, transporte aéreo, seguranças para ele e para a família, empregados domésticos, alimentação, bebidas, enfim, tudo.
Eles poderiam pagar despesas particulares, mas nem isso fazem. Em 6 de dezembro, foi comprada uma necessaire por R$ 100 para “suprir necessidades do presidente em aeronaves”. A istração do Jaburu também comprou duas árvores de Natal para enfeitar o palácio. Até na hora de deixar o poder aparecem despesas. O presidente não pagou nem as caixas de papelão para embalar a mudança.
Os gastos para atender às necessidades do presidente da República e da sua família, feitos com cartões corporativos, são classificados como reservados e ficam sob sigilo até o final do mandato. Assim, as compras feitas nos governos Lula, Dilma e Temer não estão mais sob sigilo. O blog solicitou, em 7 de agosto, por meio da Lei de o à Informação, a abertura desses arquivos.
Após um mês de análise do processo, o blog foi autorizado a abrir os arquivos, em meio físico, e fazer pesquisas presenciais no Palácio do Planalto. Os dados relativos ao presidente Jair Bolsonaro estarão abertos a partir de 2023. Até julho, as despesas da Secretaria de istração da Presidência da República com o presidente, o vice-presidente e seus familiares já ultraava os R$ 3 milhões, tudo sob sigilo.
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