O senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do bloco parlamentar Vanguarda, viajou para Porto (Portugal) e Oslo (Noruega) em “missão internacional”, em março. As 11 diárias custaram R$ 34 mil. Com mais a agem executiva de R$ 30 mil, a missão custou R$ 64 mil.
Efraim Filho (União-PB), líder da bancada, participar do Mobile Word Congress, em Barcelona, e das atividades da Delegação Datona, em Israel. A despesa ficou em R$ 58 mil, incluindo agem executiva.
O líder do governo Lula, Jaques Wagner, viajou a San Diego (EUA) para visitar a Universidade da Califórnia. Gastou R$ 40 mil, com agem na classe executiva no valor de R$ 24 mil. Também integrou a delegação do presidente Lula a Pequim, recebendo mais R$ 15 mil em diárias. Fechou a conta das viagens em 55 mil.
Giordano (MDB-SP) participou da Wasteexpo 2012, em New Orleans, em abril. A sua agem custou R$ 31 mil. Com mais as diárias, a despesa fechou em R$ 49 mil. Sérgio Petecão (PSD-AC), presidente da Comissão de Segurança Pública, participou da reunião anual da Interparlamentar no âmbito da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Com agem executiva de R$ 33 mil, fez um gasto de R$ 45 mil.
Rodrigo Cunha (União-AL) esteve em Guangzhou, na feira de importação e exportação da China – Canton Fair. A viagem custou R$ 53 mil, sendo R$ 26 mil com diárias. A agem foi na classe econômica. Ciro Nogueira (PP-PI) viajou para a Audiência Parlamentar Anual da União Interparlamentar em Nova York. A despesa fechou em R$ 40 mil, com 28 mil de agem executiva.
A assessoria do senador Irajá afirmou que “todas as despesas citadas cumprem as regras do Senado e foram devidamente autorizadas, inclusive as agens aéreas adquiridas diretamente pelo Senado Federal”. Acrescentou que as suas viagens ocorreram em missões que “trataram de relevantes temas para a economia do Tocantins e do nosso País. As agendas realizadas tiveram como objetivo a ampliação das relações comerciais com o intuito de estimular o ambiente de negócios para a geração de emprego e de renda para os brasileiros”.
Disse ainda que Irajá é membro da Comissão de Assuntos Econômicos e autor, no Senado, da criação da Frente Parlamentar dos BRICS, “grupo de países com enorme peso na balança comercial do Brasil”.
A assessoria de Nelsinho Trad afirmou que as suas viagens foram na condição de representante do Senado Federal, "devidamente autorizado pelo órgão competente da Mesa Diretora, seguindo todos os trâmites legais. A missão no Barein foi como observador e presidente do Parlamento Amazônico, onde participou como palestrante na Assembleia da União Interparlamentar (UIP). Na semana seguinte, embarcou em missão a Tóquio, por convite do governo japonês. O transporte aéreo internacional foi pago pelo governo do Japão”.
O gabinete de Ciro Nogueira afirmou que os bilhetes da sua viagem foram emitidos pelo Serviço de Gestão de agens do Senado Federal, “após rigorosa pesquisa de preços”. Os demais senadores citados foram procurados, mas não responderam até a publicação da reportagem.