assim, mas seguir essas coisas te destacam (sic) muito no mundo corporativo, infelizmente. Até em empresas pseudo-moderninhas";
"Gente, não pode nem ter capinha de celular suja!".
Etc.
Pois é. No mundo mágico da lacração, quem está certo é o funcionário sujo, fedorento e porcalhão, que atende os clientes com mau hálito, roupas manchadas e unhas encardidas.
Se um superior tiver a ousadia de chamar esse funcionário para conversar e recomendar mais asseio, ele responderá: “Você está me ofendendo. Está sendo fascista, preconceituoso e elitista. Respeite a minha individualidade! Eu tenho direito a trabalhar com chulé!”. Se bobear, o funcionário ainda processará o chefe por assédio – e ganhará a ação (dependendo de em quem ele votou, é claro).
Não é exagero. Uma advogada ouvida por um portal noticioso afirmou que esse tipo de exigência no ambiente de trabalho configura uma “prática abusiva” e reforça a ideia de um ambiente “corporativista e machista, baseado em regras e concepções patriarcais”.
Aspas: “É um abuso de poder diretivo do empregador decidir que o empregado observe determinados tipos de vestimenta, ou formas de se aparentar no trabalho. Existem limites do que é sensato cobrar ou não, e essas demandas extrapolam esse poder”.
Acreditem, a indignação com a cartilha foi tamanha que a direção do Banco Inter se sentiu constrangida a soltar uma nota praticamente pedindo desculpas por recomendar a seus funcionários que não trabalhem com chulé.
A cartilha foi recolhida, após a enxurrada de críticas recebidas. "O Inter reforça que respeita a individualidade de cada um de seus colaboradores. O material em questão foi revisado e ou por alterações", informa a nota.
Ou seja, aparentemente, o banco ou a respeitar o chulé. Já sei em que banco eu não vou abrir conta.
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