De novo: ainda bem que isso não acontece no Brasil. Dershowitz continua:
"Os argumentos não são feitos com base em seus méritos ou deméritos. Os únicos critérios são saber qual lado é beneficiado pela forma como a questão é decidida. E um argumento vencedor com base nos seus méritos será atacado se beneficiar a pessoa ou o partido errado. Um argumento perdedor será elogiado se beneficiar a pessoa ou o partido certo.”
O título do livro anterior de Dershowitz já diz tudo: “The Price of Principle: Why Integrity Is Worth the Consequences”. Manter-se fiel aos princípios quando é tão mais fácil ceder ao aplauso dos hipócritas se chama integridade moral e honestidade intelectual, dois artigos cada vez mais em falta entre aqueles que se julgam portadores do monopólio da verdade e do bem. Não apenas nos Estados Unidos.
Dershowitz conclui:
“Muitas pessoas decentes acreditam que uma segunda presidência de Trump colocaria a nação em risco, devido a isso é difícil convencê-las de que os ataques às garantias constitucionais causarão danos duradouros – e, talvez, irremediáveis – aos estimados direitos conquistados. O fato de que podem ter razão até certo ponto dificulta ainda mais persuadir muitos cidadãos de que a ameaça aos direitos individuais pode ser maior e ainda mais perigosa. Eles veem o risco representado por Trump como concreto e imediato, enquanto o prejuízo às liberdades é mais abstrato e em longo prazo. Mas a História nos ensina que os fins, mesmo os considerados nobres, não justificam os meios ignóbeis, incompatíveis com a democracia e o Estado de Direito.”
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