O caso praticamente não aparece na imprensa. Os políticos de esquerda fazem toda a pressão que podem para evitar a instalação da I. O próprio padre, que se tornou um herói do PT, PSOL e redondezas por sua pregação política radical e agressiva, desta vez está quieto. A esperança geral é que a história acabe morrendo de morte morrida: se ninguém falar do assunto, a coisa vai caindo no esquecimento e acaba, daqui a algum tempo, no arquivo morto onde jazem todos as desventuras que a esquerda não quer encarar.

A estratégia, aí, é a mesma que a esquerda e a máquina do Estado adotam contra os seus inimigos, só que ao contrário. Das “joias do Bolsonaro” e da “delação do coronel Cid”, por exemplo, fala-se o tempo todo, qualquer coisa, com destaque para as mais desconexas, pouco importando se há ou não há substância nas acusações feitas. Se existe algo de real nisso tudo, porque STF, STJ, Polícia Federal, Abin, Ministério da Justiça e o resto da máquina de repressão do governo não descobriram nada até hoje? Mas a última coisa que interessa nessa gritaria é a verdade. O que interessa é o linchamento na mídia.

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No caso do padre Lancellotti será preciso, além do silêncio, desfazer elementos objetivos da acusação. Há vídeos gravados sobre a sua conduta, analisados e tidos como verdadeiros por peritos que já foram consultados, em outras ocasiões, por veículos de comunicação conhecidos. Não é só o problema da corrupção de menores. Os indícios concretos de corrupção no uso de verbas públicas na Cracolândia precisam ser investigados. Há, enfim, o problema das reações contrárias ao objetivo pretendido pela ação.

Está virando comum no Brasil de hoje: se o presidente Lula, o candidato do PSOL e o ministro Alexandre de Moraes estão a favor de alguma coisa, então essa coisa com certeza está errada.