O fracasso do ataque deixou duas avaliações, nenhuma delas favorável ao Irã. A primeira, mais imediata, é que foi a simples ruindade dos militares iranianos. Como em toda a ditadura, as forças armadas do Irã são ótimas para atirar no seu próprio povo, mas na hora de atirar no inimigo externo, que pode responder na mesma moeda, é uma tristeza. Neste caso, fica exposta a inépcia militar dos aiatolás e a sua incapacidade de destruir Israel, como prometem todos os dias que vão fazer.
A alternativa é que não foi realmente intenção do Irã fazer um ataque para valer. Ninguém consegue ser tão ruim assim, comentam os defensores dessa segunda possibilidade – errar todos os alvos não é fácil nem para a “Guarda Revolucionária” do Irã, especialista em matar mulheres e ficar na retaguarda de atos terroristas. O Irã teria querido, no caso, dar uma resposta a Israel pela eliminação de peixes graúdos dessa Guarda, abatidos num bombardeio na Síria – mas sem machucar ninguém, para não correr os riscos de levar um contravapor em regra dos israelenses. Neste caso, mostra a mesma coisa: que não tem, na vida real, condições e nem coragem de enfrentar Israel em combate militar de verdade.
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Ou seja: a ditadura dos aiatolás gasta bilhões de dólares com as suas forças armadas, é considerada pela mídia em geral como uma potência de primeiro grau, até com bomba atômica, mas não é capaz de derrotar Israel no campo de batalha. Se faz um ataque só de exibição, por medo de represália, é porque quer ficar xingando o juiz da arquibancada – e parar por aí. Em qualquer hipótese, pode ter certeza do apoio incondicional do governo Lula, como ficou provado mais uma vez nesse episódio.
Na sua paixão tórrida pelo Irã, o Itamaraty que existe hoje classificou o ataque de “envio de mísseis”. Envio? Como assim? Via Fedex? Pela Amazon? Por motoboy? Nem o governo do Irã disse uma estupidez dessas; chamou ataque de ataque. É o que dá quando o sujeito, não satisfeito em ser apenas servil, quer ser completamente servil. Acaba sendo apenas idiota.