Entusiasta da Lava Jato, o senador disse que o país claramente se divide em dois momentos: antes e depois da operação. Para Oriovisto, além da atuação de juízes, policiais e procuradores a Lava Jato também é fruto da incapacidade do brasileiro em continuar vivendo sob um regime patrimonialista, onde há cumplicidade entre empresários e políticos corruptos.

Por fim, ao seguir para a pergunta, Oriovisto abordou uma discussão jusfilosófica recorrendo ao pensamento do jurista Luis Alberto Warat, que separa neutralidade de imparcialidade e diz ser impossível haver neutralidade por parte dos julgadores. Mantendo o tom professoral, o senador pediu para que Moro “dissertasse” sobre essa visão e respondesse se seus atos seguiram a imparcialidade exigida constitucionalmente.

“Senador Oriovisto, essa é uma discussão bastante complicada no meio jurídico”, iniciou Moro. Ao prosseguir com sua resposta, o ministro afirmou que as partes envolvidas no processo legal são seres humanos que carregam em si valores e princípios “que vão sempre de alguma maneira influenciar na tomada de atos e decisões no curso do processo”.

Sobre a imparcialidade – ou seja, sua capacidade de proferir decisões segundo as leis e provas, independente de que sejam as partes – Moro disse que isso foi mantido na operação Lava Jato desde o início.

Em sua réplica, Oriovisto estar plenamente convencido da imparcialidade de Sergio Moro.

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