No contexto de benefícios e diferenciais que o open banking poderá proporcionar, é esperada ainda uma maior competitividade, gerada pela redução de barreiras de entrada para novos produtos e serviços financeiros. Há ainda a expectativa de que o open banking possibilite a simplificação no gerenciamento das receitas, despesas, dívidas e investimentos, proporcionando aos clientes melhores condições na gestão da sua vida financeira.
Mas para que o open banking atenda adequadamente aos propósitos de benefícios previstos e, consequentemente, tenha aderência junto aos clientes do sistema financeiro, algumas medidas importantes devem ser adequadamente mapeadas, avaliadas e implementadas, a fim de responder aos riscos inerentes do processo: segurança cibernética forte, processo de consentimento transparente e flexível.
As instituições deverão também apresentar bases cadastrais de clientes íntegras e atualizadas, prover alta disponibilidade de serviços, gerir adequadamente seus custos e modelos de integração, estruturar governança e controles internos eficazes e eficientes. Neste contexto, a fim de implementar ações de monitoramento periódico, preventivo e de governança sobre os processos e serviços de open banking, será fundamental que as instituições financeiras considerem compor equipes multidisciplinares nas suas principais linhas de defesa, tais como segurança da informação, controles internos, auditoria interna e compliance.
As mudanças e inovações na forma de atuação e de relacionamento com seus clientes, adas por novas tecnologias e meios digitais, já são uma realidade no sistema financeiro brasileiro e, sem dúvida alguma, também se apresentam como uma excelente oportunidade para as instituições avaliarem se as suas estratégias de negócio estão alinhadas ao contexto.
*Elisa Simão é gerente sênior da PwC Brasil e especialista em Riscos e Controles Internos em Instituições Financeiras
VEJA TAMBÉM: