Helmuth James Graf von Moltke era um cristão luterano, e foi membro do Círculo de Kreisau, de resistência ao nacional-socialismo alemão. Por sua oposição ao regime, celebrada em The Restless Conscience: Resistance to Hitler Within 1933–1945, que concorreu ao Oscar de melhor documentário de 1992, ele foi preso pela Gestapo, em 19 de janeiro de 1944. Levado ao tribunal, travou o seguinte diálogo com o juiz-algoz, registrado numa carta escrita na prisão de Tegel para sua esposa, Freya, em 11 de janeiro, pouco antes de sua morte, em 23 de janeiro de 1945, na prisão de Plötzensee, em Berlim: “No decorrer de seus discursos, [o juiz Roland] Freisler me disse: ‘O Nacional-Socialismo assemelha-se ao cristianismo em apenas um aspecto: nós exigimos a totalidade do homem’. Não sei se os outros que estavam sentados ali puderam compreender o que foi dito, pois esse foi o tipo de diálogo travado entre Freisler e eu – um diálogo subentendido, visto que não tive a chance de dizer muita coisa – um diálogo por meio do qual amos a conhecer um ao outro totalmente. Freisler era o único do grupo que me entendia completamente, e o único que percebia por que deveria me matar... No meu caso, tudo era determinado da forma mais severa. ‘De quem você recebe ordens, do outro mundo ou de Adolf Hitler? Onde você deposita sua lealdade e sua fé?’” Não estaria essa pergunta ligada à luta entre a completa fidelidade que a esquerda exige versus a exclusiva adoração ao único Deus, o verdadeiro soberano e rei, revelado absolutamente no único Salvador e Messias, o Senhor Jesus?

Moltke continuou: “A frase decisiva no processo foi: ‘Herr Conde, o cristianismo e nós, nacional-socialistas, temos apenas uma coisa em comum; uma única coisa: nós reivindicamos a totalidade do homem’. Eu gostaria de saber se ele realmente compreendia o que havia dito ali. [...] Mantive minha posição [...] não como um protestante, não como um proprietário de terras, não como um nobre, não como um prussiano, nem mesmo como um alemão... Nada disso, mantive minha posição como um cristão e nada mais...” Que o bom Deus nos ajude a alcançar tal firmeza diante do mundo, ao custo da própria vida, se necessário. Pois Deus não tolera culto a outros seres ou entes. Somente Deus, o todo-poderoso, cujo Reino já se faz presente em seus sinais por meio do ressurreto e único Senhor, Jesus, o Filho de Deus, é digno, em todo o tempo e circunstância, de todo culto, lealdade, devoção e glória.

VEJA TAMBÉM: