Enquanto essa tradição ainda não se consolida, eles inventaram uma maneira de iniciar o controle da chamada “pegada de carbono”. A “solução” (ou desgraça) está sendo trazida por uma empresa chamada Doconomy, uma startup fin-tech sueca para ações climáticas cotidianas. Por meio de um convênio com a Mastercard, eles desenvolveram, segundo eles, “uma ferramenta revolucionária para consumidores que desejam agir contra as mudanças climáticas”.
Eles desenvolveram um cartão chamado Mastercard DO Black, que incentiva o cliente a compensar sua pegada de carbono participando de projetos que seguem as orientações de projetos sustentáveis chancelados pelas Nações Unidas, por meio de um convênio com o secretariado de Mudanças Climáticas da ONU (UNFCCC), cujo objetivo é incentivar ações de proteção climática a nível global.
O futuro que está sendo desenhado é um mundo em que o consumo de carbono monitorado pela moeda digital centralizada concederá créditos sociais para quem “se comportar”.
Se o cliente for vegano, seu consumo será bem avaliado, com pouca produção de carbono. Assim também para aqueles que consumirem as carnes artificiais produzidas em laboratório, os insetos e outras “iguarias” patrocinadas pelo sistema. Por outro lado, se a pessoa consumir carne se transformará num “vilão global”, poluidor do meio ambiente, destruidor da natureza. Um desnaturado que não pensa no bem comum e na preservação do planeta. Será o Códex Alimentarium plenamente instaurado.
Não só isso: a mobilidade também será plenamente controlada. Já escrevi aqui artigos comentando sobre uma decisão no Reino Unido que impediria um cidadão de dirigir para bairros vizinhos além de um certo limite. A mesma coisa com as empresas aéreas. Hoje mesmo, ao comprar uma agem de avião, as plataformas já informam quanto de emissão de carbono aquele trecho libera. Dependendo do trajeto voado, a pessoa consumirá todo o seu crédito de carbono autorizado por ano. Se alguém ultraar o limite, inicialmente pagará uma multa. Posteriormente, poderá sofrer uma série de sanções. Talvez toda a população seja obrigada a pagar um preço, por meio de um “lockdown climático”, de modo que as pessoas realmente “não terão nada, mas serão felizes”, e "tudo que precisarem eles pegarão emprestado e será entregue na porta de casa por meio de um drone".
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Como sempre, o controle. Nessa linha de raciocínio, o futuro que está sendo desenhado é um mundo em que o consumo de carbono monitorado pela moeda digital centralizada concederá créditos sociais (para quem “se comportar”) e a perda de benefícios para os “rebeldes”, que poderão ficar impedidos de fazer viagens, ar universidades, serviços públicos ou, até mesmo, ter sua conta bancária digital travada por não seguir os ditames do sistema.
É um pesadelo se tornando realidade. Mas, seguindo o preceito de que “conhecimento é poder”, quanto mais pessoas conhecerem esse processo talvez exista uma possibilidade de que os desejos controladores do sistema não sejam concretizados. Que Deus nos abençoe.