E agora como é que ficam as acusações vazias da mídia brasileira? Será que as pessoas atingidas vão lembrar de contratar um belo advogado e entrar na Justiça para conseguir  bela indenização?

Maduro condenado

Agora mesmo um juiz federal dos Estados Unidos condenou Maduro, um cartel de droga, o presidente do Supremo da Venezuela, o ministro da Defesa da Venezuela, o procurador-geral da Venezuela. Isso porque prenderam esse advogado e ele ficou 878 dias na prisão. Depois, ele pegou a lei antiterror dos Estados Unidos, fez a queixa e deu certo.

O juiz condenou toda essa gente, inclusive Maduro, a indenizar o advogado, a mulher dele e os dois filhos pelo que aram, por danos morais pelos 878 em que ele esteve preso. O total das indenizações equivale aqui no Brasil a R$ 800 milhões. Aí vocês podem perguntar como é que vão cobrar. Eles vão procurar no território americano depósitos dessa gente nos bancos, buscar os bens patrimoniais, e tudo será confiscado para pagar a indenização.

Exonerações em áreas indígenas

Foram exonerados 11 coordenadores distritais sanitários de áreas indígenas. Pode ser que eles ficaram lá sem atender ninguém, mas e se eles tentaram chegar nas aldeias e não conseguiram? Porque eles estão alegando que a Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde nem sempre consegue descobrir uma aldeia Yanomami. E quando chega, a notícia vai rápido, atravessa a fronteira para a Venezuela, e então todo mundo fica sabendo que está havendo auxílio médico, distribuição de alimentos do lado brasileiro.

É quase como uma Operação Acolhida e o pessoal da Venezuela vem para o Sul entrar no território brasileiro – afinal, há dois territórios Yanomami. A soma dos territórios é igual à soma do estado de Pernambuco com o estado Santa Catarina, onde vivem quinze milhões de brasileiros. Lá vivem trinta e cinco mil índios, que estão numa situação de desnutrição que eu não consigo entender.

Só pra lembrar, a mesma coisa que aconteceu com esse Dom Phillips, está acontecendo agora. Parece que tudo aconteceu nos últimos quatro anos. Aconteceu, sim, nos últimos quatro anos, mas também nos penúltimos e nos antipenúltimos, e nos outros e outros.

Falta neurônio

Vocês lembram, tem memória da I dos Yanomami? Em 2007, com o governo Lula iniciando o seu segundo mandato. Era a mesma situação: morrendo criança, subnutrição. aram-se aqueles quatro anos, os quatro anos de Dilma, os outros quatro anos de Dilma e Temer, os quatro anos de Bolsonaro e a situação está aí.

Nós não soubemos como resolver uma situação, num território imenso, que iguala Santa Catarina e Pernambuco, mas que tem uma população ínfima, de trinta e cinco mil pessoas. Como é que não consegue resolver? Trinta e cinco mil pessoas dos dois lados da fronteira. São essas coisas que acontecem no nosso país que são difíceis de entender. Será que é falta de neurônio para a gente resolver essas coisas tão óbvias e evidentes?

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