De acordo com trecho do e-mail enviado pela plataforma, também publicado pelo produtor de conteúdo, o YouTube cita que as recentes declarações violam as políticas de criação de conteúdo da plataforma. “Enquanto a suspensão permanecer, você não poderá criar um novo canal ou se utilizar de um canal de terceiros para burlar as restrições do Programa de Parceiros do YouTube”.
Conforme apuração da Gazeta do Povo, o e-mail enviado ao influenciador é autêntico e partiu do YouTube global, e não da representação brasileira da plataforma. Com as restrições, Monark pode continuar publicando vídeos em seu canal particular, que possui 3,3 milhões de seguidores, mas não poderá ser remunerado pela produção dos conteúdos.
Ele pode apelar da penalização, mas a plataforma pode ignorar o pedido e confirmar a punição. Nesse caso, apesar de as restrições não serem em definitivo – há usuários que após um período foram reabilitados a monetizar seus conteúdos –, elas têm tempo indeterminado para se manter.
As declarações de Monark que foram classificadas como apologia ao nazismo foram dadas em meio a uma discussão sobre regimes totalitários. O podcaster defendia que, da mesma forma que há, no Brasil, partidos que em seus nomes fazem apologia ao comunismo – a exemplo do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e do Partido Comunista Brasileiro (PCB) –, também deveria ser autorizada a criação de um partido nazista, uma vez que ambos são regimes totalitários.
Um grande número de pessoas, insatisfeitas com os comentários, aram a pressionar patrocinadores do Flow Podcast, e o youtuber acabou sendo desligado do quadro societário da empresa.
No dia seguinte às declarações, Monark se posicionou negando enfaticamente qualquer referência positiva ao nazismo e afirmando que suas falas têm sido usadas fora de contexto para classificá-lo como apoiador do nazismo. “O nazismo é algo abominável. Qualquer pessoa que realmente pense ou tenha essas ideias tem que ser elucidada. Tem que educar essa pessoa para que ela deixe de pensar dessa forma. A gente não pode aceitar numa sociedade esse tipo de pensamento, que é criminoso, hediondo e nojento”.
Sobre o caso, a plataforma de vídeos encaminhou a nota abaixo:
"Nossas Políticas de Monetização de Canais e o Código de Responsabilidade dos Criadores estabelecem que não é permitido comportamento ofensivo que coloque em risco a segurança e o bem-estar da comunidade do YouTube, formada por espectadores, criadores e anunciantes. A violação dessas políticas pode fazer com que o canal seja suspenso do Programa de Parcerias do YouTube e, consequentemente, ser desmonetizado. Dessa forma, os canais Flow Podcast e Monark foram suspensos do Programa de Parcerias.
Qualquer tentativa de burlar essa restrição, seja com a criação de um novo canal para ser monetizado ou utilizando canais de terceiros para fins de monetização, é considerada uma violação aos Termos de Uso do YouTube e pode resultar em um encerramento definitivo da conta.
Reforçamos que, no caso de suspensão do Programa de Parcerias, o usuário ainda pode produzir conteúdo e subi-lo em seu canal, bem como criar novos canais, porém esse conteúdo não poderá ser monetizado e os novos canais não poderão fazer parte do Programa de Parcerias. Todo o conteúdo publicado na plataforma, independentemente de ser monetizado ou não, deve seguir as Diretrizes da Comunidade do YouTube.
O usuário que for suspenso do Programa de Parcerias do YouTube poderá solicitar nova inclusão para voltar a ter o a todas as ferramentas de monetização e o pedido será analisado pela plataforma."
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