"Nossas Políticas de Monetização de Canais e o Código de Responsabilidade dos Criadores estabelecem que não é permitido comportamento ofensivo que coloque em risco a segurança e o bem-estar da comunidade do YouTube, formada por espectadores, criadores e anunciantes. A violação dessas políticas pode fazer com que o canal seja suspenso do Programa de Parcerias do YouTube e, consequentemente, ser desmonetizado. xx25
A suspensão da monetização vale por prazo indeterminado. O usuário que for suspenso do Programa de Parcerias do YouTube, no entanto, poderá solicitar nova inclusão para voltar a ter o a todas as ferramentas de monetização e o pedido será analisado pela plataforma.
O caso em questão está sob análise".
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As penalizações impostas ao Flow Podcast também foram aplicadas a Monark no dia 17 de fevereiro, quando o produtor de conteúdo se preparava para lançar um novo podcast em que apenas ele seria o apresentador. Na ocasião, Monark disse, em suas redes sociais, que estava sofrendo perseguição política da plataforma de vídeos.
“Recebi um e-mail hoje do YouTube dizendo que estou suspenso e não posso mais criar ou monetizar canais por causa dos meus comentários que foram infelizes, sim, mas de maneira alguma foram mal intencionados ou defenderam qualquer ideologia extremista. E eu sofri as consequências. Eu perdi o Flow, eu saí da empresa, eu pedi desculpas várias vezes, mas não acabam as retaliações”, disse o influenciador em vídeo. “Errar eu errei, mas as consequências estão muito fora de proporção”.
Diante das negativas por parte da plataforma de reconsiderar a medida, Monark decidiu criar um novo podcast no Rumble, plataforma de vídeos que rivaliza com o Youtube com proposta de livre discurso e baixa moderação de conteúdo. A empresa, lançada em 2013 pelo canadense Chris Pavlovski, fez um anúncio no dia 2 de março dizendo que o Brasil seria sua “próxima parada”.
Globalmente no segmento político, o Rumble conta tanto com grandes nomes da direita, como o ex-presidente Donald Trump e o estrategista-chefe da Casa Branca Steve Bannon, quanto da esquerda, como o jornalista Glenn Greenwald, que é um crítico do excesso de moderação por parte das Big Techs. No Brasil, até o momento, os dois principais influenciadores que aram a produzir conteúdo no Rumble são o Monark e o escritor Reginaldo Ferreira da Silva, conhecido como Ferréz, que deixou o YouTube há um mês para abraçar um projeto de “liberdade total” no novo site de vídeos.
"Eu estava insatisfeito. A gente fala uma palavra que eles [no YouTube] não gostam e já limitam o alcance dos nossos vídeos. Não pode citar a palavra pedofilia, por exemplo. Não pode falar a palavra chacina. Meu programa era ao vivo, não tinha editor. Os assuntos da periferia são pesados. Tinha problema o tempo todo. Fui desanimando", disse Ferréz à Folha de S. Paulo.
Já o ex-apresentador do Flow Podcast, que iniciou seu programa no Rumble nesta segunda-feira (4), disse em suas redes sociais que a plataforma é uma alternativa à cultura de cancelamento e de censura das Big Techs. “Eu fui completamente censurado e desmonetizado [do YouTube] de forma desproporcional", disse Monark. “Desafio a todos os lacradores de internet me cancelarem lá no Rumble. Boa sorte! Tentem fazer eles me cancelarem”, afirmou.