Além das gigantes do agro e da saúde, outras cooperativas do estado de São Paulo estão entre as maiores do mundo. 4k6w3k
A Coop - Cooperativa de Consumo, que nasceu no ABC Paulista, figura na posição 173 no ranking do World Cooperative Monitor quando se trata das maiores organizações cooperativas e mutualistas do mundo, classificadas com base em uma métrica que compara o faturamento (receita total) dessas organizações com o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de um país ou região específica.
Em 2022, o faturamento foi de R$ 2,8 bilhões, com destaque aos negócios em supermercados que responderam por 76,6% do total, seguida pelas drogarias, com 19,4%; o atacarejo, 2,8%; e 1,2% aos postos de combustíveis. Outros setores ainda brilham no associativismo paulista, como cooperativas de flores na região de Holambra e o mercado promissor da citricultura.
Para o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) Edivaldo Grande, além das gigantes, o segmento no estado de São Paulo precisa e deve ser lembrado também pelas pequenas e médias cooperativas que trilham um caminho de consolidação. O estado conta com mais de mil cooperativas e um total de 3,5 milhões de cooperados. O grande desafio é, de acordo com Grande, prepará-las para um processo relevante de agregação de valor aos seus produtos. “Algo que o Paraná já faz muito bem”, reconheceu o presidente da Ocesp.
Focado nisso, Grande e um grupo de dirigentes de cooperativas do agro acabam de voltar de um intercâmbio pela Europa (Holanda e França), onde foram conhecer modelos que inspiram o cooperativismo bem sucedido no Brasil. “Se a gente olha só no contexto agro e saúde, a participação é muito importante no cenário econômico do estado, mas temos cooperativas em outros segmentos que são essenciais, em estruturas que reúnem pequenos produtores de leite, na produção de flores, no crédito, no transporte, na infraestrutura, os médicos. Temos uma diversificação extremamente importante e que é essencial para todo o sistema”, destacou.
Diferente do que vem sendo feito com o Paraná, a Ocesp não trabalha com metas de faturamento, ao menos por enquanto. Grande afirma que o planejamento estratégico está sendo estruturado. “Lembrando que quem faz as cooperativas e seus resultados são os cooperados, por isso queremos fazer nossas cooperativas se consolidarem, se perenizarem e para que façam isso e cresçam, elas precisam de uma gestão de alta qualidade. Nossas cooperativas estão se destacando porque estão muito mais eficientes e eficazes na gestão em um caminho importante que vem sendo percorrido”, destacou.
VEJA TAMBÉM:
No WCM mais recente, o Brasil aparece como o segundo país das Américas com as maiores cooperativas em faturamento do mundo. São nove neste ranking, atrás apenas dos Estados Unidos, com 22.
Em faturamento do PIB per capita, o Brasil também é segundo das Américas com 22 cooperativas listadas, atrás dos Estados Unidos que têm 38. No contexto global, o Brasil aparece como o quarto país nesta relação, empatado com o Japão. A primeira é a França, com 42 sociedades cooperativas entre as top 300.
O World Cooperative Monitor é um monitoramento que analisa e divulga informações sobre o desempenho econômico das cooperativas em todo o mundo. O relatório é produzido anualmente pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em parceria com outras organizações.
O levantamento destaca as principais cooperativas e organizações ulo mutualistas com base em sua receita total, revelando tamanho e importância dessas entidades no cenário econômico global. Segundo os organizadores do levantamento, o faturamento é um indicador relevante para avaliar o desempenho econômico das cooperativas, pois reflete a magnitude das operações comerciais conduzidas por essas organizações oferecendo insights sobre a dimensão e o alcance dessas entidades no contexto internacional, fornecendo uma visão geral do impacto econômico que elas têm em suas respectivas áreas de atuação.
VEJA TAMBÉM: