Detalhes sobre as provas contra Lula no caso do tríplex 2l4w2x

A respeito das mensagens de celular, um diálogo entre Leo Pinheiro e Paulo Gordilho, datado de 12 e 13 de fevereiro, indica que Gordilho escreveu: “O projeto da cozinha do chefe tá pronto, se marcar com a Madame [Marisa, mulher de Lula] pode ser a hora que quiser”. Ao que Pinheiro respondeu: “O Fábio [filho de Lula] ligou desmarcando”. 6n5967

Por sua vez, Leo Pinheiro, em seu depoimento, afirmou que João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, procurou por ele solicitando que fosse feita a reserva de uma unidade para a “família do presidente Lula” no edifício construído no Guarujá. Ele declarou também que a reforma do apartamento no Guarujá foi discutida em conjunto com o ex-presidente. Gordilho, por sua vez, declarou que a reserva se deu em 2011, e que o ex-presidente debateu pessoalmente a reforma durante uma reunião realizada em São Bernardo do Campo (SP).

Já a engenheira da OAS declarou ter acompanhado uma vista de Marisa Letícia e Fábio ao imóvel em agosto de 2014. Disse que Marisa era tratada no local como a proprietária do tríplex. Os dois também visitaram o imóvel em companhia de Armando Dagre Magri, sócio da Tallento, que descreveu as reformas como uma “obra de personalização”.

Moro também relatou em sua sentença que, num primeiro interrogatório, Lula disse que decidiu não comprar o imóvel depois da segunda visita de sua esposa ao local. Durante o interrogatório judicial, declarou que ele mesmo havia desistido logo na primeira visita. Para Moro, no primeiro relato, “há reformas e o ex-presidente tomou as decisões de não ficar com o imóvel”.

Já no segundo, “as reformas desaparecem, além de ser apontada Marisa Letícia Lula da Silva como a responsável pela tomada final de decisão”. Além disso, em seu depoimento, Lula afirma que nem ele nem a esposa solicitaram reformas – uma informação que contradiz as demais provas documentais e testemunhais.

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