Em relação a Moro, a frente de ataque hoje está no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), onde tramitam duas ações, do PT e do PL, para cassar seu mandato de senador. Os partidos acusam gastos supostamente irregulares na pré-campanha e acima do limite, especialmente pelo período em que ele pretendia concorrer à Presidência da República. O julgamento está previsto para o início de abril e qualquer que seja o resultado, é esperado um recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que terá a palavra final no caso. 5z3z4m

Em entrevista recente, ao jornal Valor Econômico, Gilmar Mendes disse que a punição de Moro com a perda do mandato, já aplicada a Deltan Dallagnol no ano ado, seriam penas “leves” para os dois, embora o caso do ex-juiz não tenha relação imediata com a Lava Jato. Dallagnol foi cassado sob acusação de deixar o MPF para escapar de processos disciplinares no CNMP, mesmo que na época não houvesse nenhum Processo istrativo Disciplinar (PAD) contra ele no Conselho.

No STF, Moro também tornou-se alvo de investigação, aberta por Toffoli, a partir de acusações do ex-deputado estadual Tony Garcia, investigado sob supervisão do ex-juiz no caso Banestado, início dos anos 2000, no Paraná.

Além dos ministros, advogados que defenderam políticos réus também fazem pressão por punições. O maior porta-voz do grupo é Antonio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido por seu apelido, Kakay.

“A Lava Jato só vai acabar quando forem responsabilizados, civil e criminalmente, os que corromperam o sistema de justiça”, escreveu o advogado em dedicatória de um livro sobre a operação.