“Mais do que o bicentenário: é a democracia e a liberdade de um povo. É só ver o que está acontecendo na América do Sul e em outros países”, disse emendando que “o que está em jogo é a nossa liberdade, é o nosso futuro”.

Disse, ainda, que a chegada ao poder em 2019 recuperou o sentimento de patriotismo e que o Brasil está dando exemplo ao mundo na recuperação econômica, ressaltando a queda no preço da gasolina, o Auxílio Brasil, entre outros projetos.

Presidentes da Câmara, Senado e TSE publicam mensagem sobre o 7 de Setembro

Pelas redes sociais, autoridades que não foram à solenidade se pronunciaram sobre as comemorações do 7 de Setembro. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), disse que “há 200 anos, começava a nascer o Brasil de hoje, com um futuro de desafios, decisões difíceis, mas necessárias e grandes conquistas a alcançar. O 7 de set de 200 anos atrás continua ecoando nas ações e nos compromissos de todos! O Brasil independente é sempre o q olha para frente”.

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), disse que as comemorações da data, que marca 200 anos da Independência do Brasil, “precisam ser pacíficas, respeitosas e celebrar o amor à pátria, à democracia e o Estado de Direito”.

Perto do fim da manhã, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse que "o Bicentenário de nossa Independência merece ser comemorado com muito orgulho e honra por todos os brasileiros e brasileiras, pois há 200 anos demos início a construção de um Brasil livre e a histórica marcha pela concretização de nosso Estado Democrático de Direito".

Candidatos a presidente também se manifestam

Os candidatos à presidência da República também se pronunciaram sobre as comemorações do 7 de Setembro. Pelas redes sociais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse: “200 anos de independência hoje. 7 de setembro deveria ser um dia de amor e união pelo Brasil. Infelizmente, não é o que acontece hoje. Tenho fé que o Brasil irá reconquistar sua bandeira, soberania e democracia”.

Ciro Gomes (PDT) seguiu no mesmo tom, e disse “que Deus nos abençoe para que nada nem ninguém sejam capazes de roubar a nossa paz e a nossa liberdade - neste dia ou em qualquer momento da nossa história. Vamos em frente, com a mais profunda esperança de que encontraremos, juntos, um novo caminho”.

Simone Tebet (MDB), criticou a atual situação do país ao dizer que "200 anos se aram, e vemos que a independência ainda é um sonho a ser atingido. Um país, para ser independente, precisa garantir cidadania ao seu povo. Comida na mesa, educação de qualidade, emprego, renda e lazer".

Manifestações populares

Ao longo do dia, também ocorrem manifestações populares em cerca de 300 cidades do país, tendo como pauta “a defesa das liberdades, o respeito à democracia e a demanda por eleições transparentes”. Os atos civis contam com a adesão, principalmente, de apoiadores do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro – que convocou seus seguidores a participar.

Os atos têm como pauta a defesa das liberdades e de eleições transparentes e auditáveis, e o respeito às instituições. O apoio à reeleição de Bolsonaro também será expressado, embora os organizadores salientem que as manifestações do feriado não são atos de campanha.

No Rio de Janeiro, manifestantes se reúnem desde cedo na Avenida Atlântica, na praia de Copacabana. Parte da via está fechada ao trânsito e carros de som estão estacionados para discursos. Em um deles, os manifestantes pedem “eleições limpas e transparentes”. Veja fotos a seguir:

Manifestantes se preparam para ato em favor de eleições transparentes em Copacabana, Rio de Janeiro | FOTO: Luis Kawaguti
Manifestantes se preparam para ato em favor de eleições transparentes em Copacabana, Rio de Janeiro | FOTO: Luis Kawaguti
Manifestantes se preparam para ato em favor de eleições transparentes em Copacabana, Rio de Janeiro | FOTO: Luis Kawaguti

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou da manifestação em Brasília, em cima de um carro de som, e viajou ao Rio de Janeiro. O presidente também deve subir em um carro de som para falar com os manifestantes por volta das 15h. Antes disso, há a expectativa de que ele participe de uma motociata a partir do monumento dos Pracinhas.

Também será realizada uma manifestação em São Paulo, na Avenida Paulista, onde manifestantes se reúnem desde cedo. As duas pistas am o dia fechadas, e a população ocupa toda a via na altura do Museu de Arte (Masp) e da Federação das Indústrias do estado (Fiesp).

Neste ano, o presidente Jair Bolsonaro não irá à cidade como em 2021. Mas, há a expectativa de que ele grave um vídeo a ser exibido em um telão na avenida.

7 de Setembro São PauloA expectativa é de que o presidente grave um vídeo para ser exibido na manifestação em São Paulo. (Foto: reprodução/Twitter Marcos Bona)

O ato em São Paulo tem a participação, também, de candidatos ligados à base governista. Entre eles, Marcos Pontes (PL), ao Senado, faz campanha com a equipe de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que concorre ao governo do estado.

Já em Florianópolis, apoiadores fizeram uma mobilização no trapiche da Avenida Beira-Mar Norte, na região central, com camisetas verde-e-amarelo, bandeiras e faixas com palavras de ordem. Ato semelhante ocorreu em Salvador, na região do Farol da Barra, onde manifestantes levantaram placas pedindo o voto impresso auditável com “contagem pública”, além de outras palavras de ordem.

Na capital mineira, Belo Horizonte, manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade com carros de som e pedidos pelo voto impresso auditável também com “contagem pública”. Algumas faixas e cartazes com palavras de ordem pediam, entre outros, uma nova Constituição.

Maceió também teve mobilizações públicas a favor do presidente Jair Bolsonaro na região do Corredor Vera Arruda, com carros de som e tratores. Manifestantes ocuparam as pistas da via também com faixas e cartazes com palavras de ordem, algumas delas inconstitucionais.

Manifestações a favor do governo de Jair Bolsonaro também foram registradas em outros países, como no Reino Unido, onde um grupo fez um ato em frente ao consulado brasileiro em Londres.

Manifestação pró-Bolsonaro em Londres | Foto: Ivan Kleber /reprodução Twitter / JornalBSM

Grito dos Excluídos

No feriado também ocorre o Grito dos Excluídos, realizado anualmente no Dia da Independência desde 1995 sob coordenação da Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de centrais sindicais. Em São Paulo, um pequeno grupo de manifestantes se reúne em frente à Catedral da Sé empunhando bandeiras principalmente contra a fome.

“É um chamado ao povo brasileiro, no dia em que se comemora uma ‘independência formal’, para lembrar que essa independência ainda não foi conquistada plenamente”, disse Janeslei Albuquerque, secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT Nacional.

A mobilização paralela também ocorreu em São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza, Cuiabá, Maceió, Juazeiro do Norte e Crato (CE), Aparecida de Goiânia (GO) e Mossoró (RN).

Grito dos Excluídos em São Paulo neste 7 de Setembro | Foto: Guilherme Gandolfi / MST /Reprodução Twitter

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