Na decisão apresentada nesta terça (13), o desembargador Mario Helton Jorge diz que as duas representações apresentam os mesmos argumentos e motivos para a cassação do senador, questionando os gastos de Moro durante a pré-campanha nas eleições de 2022. Na época, o parlamentar se apresentava como pré-candidato à presidência da República e teria se beneficiado da verba ao cargo para concorrer ao Senado. 17z2

O magistrado aceitou, ainda, pedidos de informações aos diretórios estadual e nacional do Podemos, partido a que Moro era filiado na época, e ao União Brasil, em que concorreu ao cargo de senador pelo Paraná.

Para Mario Helton Jorge, houve uma captação de recursos e gastos ilícitos, abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e gravidade dos fatos expostos. Além de Moro, as ações também miram os suplentes do parlamentar: Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra.

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À Gazeta do Povo, o senador disse que a decisão do TRE-PR “reforça a insuficiência de provas”. “PT e nem PL (agora juntos na ação) conseguiram encontrar nada contra mim. Sigo tranquilo, certo da legalidade dos meus atos. Enquanto me atacam eu sigo trabalhando pelo Paraná e pelo Brasil”, completou.

Moro conduzia os processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba antes de participar do governo de Jair Bolsonaro (PL) como ministro. Após deixar a pasta, se filiou ao Podemos em 2021 e se lançou à presidência com anuência da direção do partido. Pouco depois, migrou para o União Brasil em março de 2022 e decidiu concorrer ao Senado em julho.

O ex-juiz foi eleito ao cargo de senador pelo Paraná com 1,9 milhões de votos.