Nos estados, porém, os chefes dos MPs estaduais são escolhidos pelos governadores a partir de listas tríplices. É esse o modelo que os procuradores da República, do MP Federal, sempre quiseram institucionalizar no âmbito da PGR.
Organizadora e maior defensora da lista, a ANPR argumenta que o modelo é o mais transparente, porque só nele os candidatos se mostram publicamente, apresentam seus compromissos abertamente, de modo que os membros do MPF avaliem se podem mesmo cumprir com seus planos.
A ANPR também rebate a crítica de que a lista tríplice é corporativista, sob o argumento de que, nos estados, não está comprovado que os chefes dos MPs, escolhidos pelo governador a partir das indicações dos promotores, só se preocupem com os interesses da carreira.
Em relação à política criminal, a ANPR diz que essa é uma questão definida pelo Congresso e que o PGR atua em observação às leis aprovadas no Legislativo.
Além disso, procuradores que defendem a lista tríplice costumam argumentar que ela garante a autonomia do Ministério Público Federal em relação ao governo. Para esses membros do MPF, isso é fundamental para garantir, por exemplo, que casos se corrupção no Executivo possam ser investigados.