Pai e filho foram presos preventivamente pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira (1) no âmbito da Operação I-Fraude, que desmantelou uma organização criminosa que invadia sistemas federais e vazava dados de autoridades e figuras públicas. Os suspeitos foram encontrados em uma residência em Vinhedo (SP), região de Campinas, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão. 667135
A dupla teve a prisão confirmada durante audiência de custódia na Justiça Federal de Campinas, sendo que o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), está entre as autoridades cujos dados pessoais foram vendidos pela quadrilha em redes sociais, segundo apurou o G1 e a GloboNews.
De acordo com a PF, a organização criminosa hackeava sistemas federais, adquiria dados e, posteriormente, os comercializava por meio de plataformas de redes sociais.
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Entre os “clientes” da quadrilha, foram identificados membros de facções criminosas e integrantes das forças de segurança, como policiais, que recebiam o serviço gratuitamente mediante a exigência de envio de foto da carteira funcional para comprovação de identidade.
"Dentre os usuários, foi possível identificar membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Com relação a estes últimos, os criminosos ofereciam o serviço de forma gratuita. No entanto, o servidor precisava enviar, para comprovação de identidade, foto de sua carteira funcional. Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados", disse a PF em nota.
A suspeita é que o esquema tenha gerado pelo menos R$ 10 milhões entre 2010 e 2024. Para conter o avanço do grupo criminoso, a PF bloqueou cerca de R$ 4 milhões nas contas dos envolvidos.