Se confirmadas as suspeitas, os investigados podem responder por fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção iva. 6gsx
“Pelo fato de os elementos indicarem que o líder do núcleo público da organização criminosa ora investigada utiliza emendas parlamentares para incrementar o seu patrimônio, denominou-se esta fase investigativa de ‘benesse’, que segundo o dicionário Oxford significa ‘vantagem ou lucro que não deriva de esforço ou trabalho’”, diz a PF sobre o nome dado à operação.
A Codevasf é uma das empresas estatais mais cobiçadas por políticos na negociação por cargos em troca de votos no Congresso, e utilizada há anos para apoio político. A companhia tem um dos maiores orçamentos do governo -- R$ 2,7 bilhões no ano ado -- e foi alvo de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) por indícios de fraudes de R$ 1 bilhão em licitações de pavimentação asfáltica entre os anos de 2019 e 2021.
Juscelino Filho utilizou recursos de emendas parlamentares para asfaltar uma estrada que beneficia suas propriedades e as de familiares em Vitorino Freire. A obra de 19 km custou R$ 5 milhões, provenientes do chamado "orçamento secreto" de 2020, segundo investigação do jornal O Estado de São Paulo publicada no começo deste ano.
A estrada a pelas fazendas do deputado, de sua esposa e de sua irmã, Luanna Rezende, que é prefeita da cidade. A licitação teria sido disputada exclusivamente pela Constrvice, empresa com suposto sócio oculto Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador, preso por propina em Vitorino Freire.
Costa foi preso na primeira fase da operação Odacro, em julho do ano ado, que apurou o desvio de verbas encaminhadas à construtora Constrvice, com contratos firmados entre os anos de 2019 e 2021.
O recurso de R$ 5 milhões foi destinado à obra por meio de um convênio com a Codevasf, sob autorização do engenheiro Julimar Alves da Silva Filho, indicado pelo grupo político de Juscelino. Julimar foi afastado sob suspeita de receber R$ 250 mil em propina.
Além disso, Juscelino destinou R$ 1,5 milhão em emendas parlamentares para pavimentar 11 ruas da cidade e, ao longo de seu mandato, direcionou um total de R$ 16 milhões em emendas para Vitorino Freire.
Essa nova investigação se junta a outras contra Juscelino Filho, incluindo o uso de recursos públicos para fins pessoais, como voos e despesas pagos pela União para compromissos fora da agenda oficial. Também foi revelado que o sogro do ministro trabalha em seu gabinete sem nomeação oficial, e Juscelino teria usado seu cargo de deputado federal para nomear pessoas de seu círculo de convivência em cargos públicos.
Apesar das controvérsias, o presidente Lula decidiu manter Juscelino Filho no cargo, causando atrito com a oposição e gerando uma crise dentro do governo. O ministro foi indicado a Lula pelo União Brasil.
Mais informações em breve.