Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região. Os dados são referentes a 2022 e as vítimas foram crianças entre um a 4 anos. As causas da morte são, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia. A pasta estima ainda que ao menos 570 crianças foram mortas nos últimos quatro anos pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome na região.
No domingo (22) deputados do PT acionaram o Ministério Público Federal (MPF) com pedido de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), que comandou o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, por suposto cometimento do crime de genocídio contra indígenas Yanomami.
Uma reportagem da Gazeta do Povo mostra que desde 1991 a situação caótica dos Yanomami vem sendo documentada pelo Instituto Socioambiental (ISA). Ex-integrantes da Funai e Sesai atribuem o fato de não terem conseguido resolver a situação de crise humanitária, que existe há décadas - inclusive em governos anteriores do atual presidente Lula (PT) - pelas dificuldades de o para ir até as aldeias, pelas circunstâncias dessas tribos específicas e também pela chegada de outros yanomami vindos da Venezuela.
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