“Essa é a ‘democracia relativa’, na definição de Lula, que Maduro impõe ao sofrido povo venezuelano. O governo Lula 3, que estendeu tapete vermelho para Maduro e não cobrou dele a dívida bilionária com o Brasil, vai optar de novo pela omissão do silêncio”, questionou a senadora. 7646

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) fez um questionamento nas redes sociais perguntando “lembra algum outro país?” por conta da prisão de opositores ao regime, e postou uma imagem de Lula com Maduro.

Kim Kataguiri (União-SP) foi mais duro e afirmou que a falta de uma posição de Lula é "vergonhosa" e mostra uma "relação promíscua" entre o presidente e o "ditador venezuelano". "Lula coloca sua amizade pessoal com um ditador autoritário e sanguinário acima dos interesses do Brasil. Para ele, quando trata-se de um aliado, está permitido prender, matar e torturar", completou.

VEJA TAMBÉM:

Já Eduardo Ribeiro, presidente do partido Novo, destacou que países como Argentina, Costa Rica, Equador, Paraguai e Uruguai “am uma nota conjunta criticando o governo venezuelano e exigindo a liberação imediata de Rocío”, enquanto que “o Brasil? Pois é”. “Os ‘democratas’ e defensores dos direitos humanos vão permanecer calados diante de mais essa omissão do governo Lula”, completou o questionamento.

O Movimento Brasil Livre (MBL) também questionou o silêncio do governo, e perguntou “onde está o Silvio Almeida [ministro dos Direitos Humanos]? Cadê o pronunciamento da galerinha do amor?”.

Nesta quinta-feira (15), o governo da Venezuela anunciou a suspensão das atividades do escritório local de assessoria técnica do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, ordenando que seus funcionários deixem o país em um prazo de 72 horas. A justificativa dada pelo regime de Nicolás Maduro é de que o escritório teria "interferido em assuntos internos", após questionamentos sobre o desaparecimento e posterior prisão da advogada e ativista Rocío San Miguel, que foi apresentada em um tribunal sem direito a representação jurídica privada.

O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, acusou o escritório do Alto Comissariado de agir como "uma caixa de ressonância para a oposição de extrema direita venezuelana" e de "apenas proteger as pessoas que tentaram subverter a ordem constitucional e criar violência na Venezuela". Ele afirmou que os funcionários têm 72 horas para deixar o país e que o governo venezuelano irá "revisar" os mecanismos de cooperação do escritório nos próximos 30 dias.