A ação é um desdobramento da operação "Dinastia", deflagrada em agosto de 2022, que visava desarticular uma organização criminosa formada por milicianos na mesma região. f220

Cerca de 40 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão em bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro, como Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba. A Justiça também determinou o afastamento imediato das funções legislativas, proibição de contatos com determinados agentes públicos e políticos, bem como a proibição de frequentar a casa legislativa.

"As investigações apontam a participação ativa de uma deputada estadual e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção", explica a PF em nota.

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Lucinha é apontada pela PF como o braço político da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais violentas da cidade, segundo apuração da GloboNews. A Gazeta do Povo tenta contato com a corporação e a deputada.

O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, classificou a acusação como "muito séria" e que a deputada precisa "esclarecer no seu juízo probatório a inocência dela". "A gente está num combate muito forte com a segurança pública, que está caótica no Rio", disse ao G1.

Ainda de acordo com a PF, a operação recebeu o nome "Batismo" por conta do apelido com que os milicianos se referiam a Lucinha, chamando-a de "madrinha".

A Alerj afirmou, em nota, que "assim que for informada, oficialmente, a Casa tomará as providências cabíveis com base na decisão judicial".

O trabalho foi realizado pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) em conjunto com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Procuradoria Geral de Justiça - PGJ.