Pimenta não comentou especificamente a publicação de Doyle, mas cobrou responsabilidade de todo servidor que ocupa função de chefia no governo. 604t1r

“Porque quem acaba respondendo por ela é o governo como um todo. Nesse caso específico, a partir do momento que o presidente manifesta uma posição e essa posição tem como princípios o Brasil, à frente do Conselho de Segurança da ONU, trabalhar pela promoção da paz e a garantia da repatriação de todos os brasileiros e brasileiras que se encontram na área, da zona de conflito, essa orientação deve ser observada por todo mundo sem exceção”, disse em entrevista à Folha de São Paulo publicada nesta quinta (19).

Apesar do tom de enquadramento dos servidores sobre postagens nas redes sociais, Pimenta diz que “não existe nenhuma orientação nesse sentido [de proibir manifestações], e sim uma “recomendação de bom senso”.

“No momento em que o presidente da República tem um posicionamento público sobre o assunto, esse posicionamento a a ser o posicionamento do governo e dos seus principais porta-vozes, que são os ministros e o primeiro escalão do governo”, completou.

Para o ministro, é preciso fazer uma diferenciação entre uma opinião e o que ele chama de “achincalhamento, deboche, agressão gratuita que não está em sintonia com a conduta com que o presidente espera de cada um de nós”.

Pimenta enfatizou a necessidade de adotar uma postura de respeito, promoção da paz e diálogo com todos os atores envolvidos no cenário de guerra, bem como garantir a segurança das famílias brasileiras na região. O conflito entre Israel e Hamas entrou no 13º dia com 5,1 mil mortes entre israelenses, palestinos e estrangeiros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou prontamente os ataques contra Israel, classificando-os como “ataques terroristas”, mas não fez menção ao grupo terrorista Hamas. O Brasil reconhece como terroristas apenas os grupos designados como tal pelo Conselho de Segurança da ONU, o que não se aplica ao Hamas.

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