Para o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, realmente não há como o governo ignorar o que as pesquisas dizem, mas afirmou que estes levantamentos mostram uma situação pontual – uma “fotografia” – e que é preciso levar em consideração “o filme todo”. w5td
“Tem um filme muito positivo, e tem fotografias do momento que não podem ser negligenciadas. Tem uma fotografia do momento dessas pesquisas que mostra uma oscilação em alguns segmentos que são importantes, que deram a vitória ao presidente Lula, com as regiões que deram a vitória a ele, outros que tínhamos ampliado o diálogo e a aprovação no ano ado, agora uma redução. Temos que olhar essa fotografia com cuidado, com atenção, não negar que ela existe, mas sem perder o filme como um todo”, disse em entrevista à GloboNews.
Em relação ao “filme como um todo”, que ele classifica como “positivo”, estão o controle da inflação e do ambiente econômico, o reposicionamento do Brasil no mundo, a democracia, a redução do desmatamento, entre outros.
Além de se discutir a queda da popularidade do governo, Lula vai questionar os ministros quanto ao andamento dos programas e ações implementados até agora, reforçar a necessidade de divulgar os resultados e entregas, e cobrar dos titulares mais empenho e articulação com o Congresso para ar os projetos considerados prioritários.
Padilha afirmou que Lula é um presidente que cobra resultados dos ministros já desde os governos ados, e que essa cobrança ocorre “independente do ministério, se tem muitos programas ou iniciativas menores”. Afirmou, ainda, que vai exigir mais viagens dos ministros pelo país para mostrar as iniciativas e entregas do governo, além de reforço nas negociações com o Congresso.
O ministro Alexandre Padilha disse, ainda, que a expectativa é de que se consiga avançar em muitos dos projetos prioritários do governo ainda neste primeiro semestre, que deve concentrar a maior parte das discussões no Congresso por causa do período eleitoral. Entre eles, a “garantia da saúde das contas públicas, o reequilíbrio orçamentário”.
“Tem ali votações importantes da reoneração de setores econômicos, de compensação previdenciária dos municípios, de como enfrentar um programa que foi criado na época da pandemia para o setor de eventos, [sendo que] já acabou a pandemia e ele gerou um impacto sobre o orçamento muito maior do que estava previsto, como corrigir isso, e o debate do orçamento”, pontuou ressaltando que essa é a “centralidade” dos objetivos do governo neste ano.
Padilha também afirmou que o governo vai apresentar os projetos de lei para regulamentar dispositivos da reforma tributária, “compreendendo a realidade do Congresso” de que será um período curto por conta das eleições municipais, o que ele reconhece que pode não concluir ainda em 2024. Também deve apresentar novos projetos de “transição ecológica”, na área cultural, cotas raciais em concursos públicos, crédito, entre outros.
A pauta da reunião, que é a única marcação de Lula nesta segunda (18), o que significa que será um longo encontro, também deve ter a alta do valor dos alimentos e o combate à epidemia de dengue que já faz o ano de 2024 ser o segundo pior da série histórica atrás apenas de 2015.