A volta de Janja ao X teve a publicação de um longo texto em que a primeira-dama se disse "exposta, agredida, ameaçada e desrespeitada como nunca antes", e que, apesar da angústia, recebeu apoio através de mensagens de conforto. 42193e
“Pensei muito sobre voltar ou não para essa rede social, não apenas por causa das agressões que aconteceram em meu perfil, mas principalmente por toda a demora dos es da rede X em agir, congelando meu perfil para que as agressões parassem de ser postadas e pudessem ser silenciadas”, afirmou Janja (veja aqui).
Janja disse que sua equipe de redes “agiu rapidamente” para derrubar o perfil assim que a invasão foi notada, mas que “o pesadelo se estendeu por uma hora e meia até o bloqueio”. “O transtorno e a burocracia continuaram para que a conta fosse recuperada e o relatório da plataforma fosse finalmente entregue para investigação da Policia Federal, o que aconteceu somente quatro dias depois dos crimes cometidos”, completou.
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Ainda no “textão” de retorno ao X, Janja expressou solidariedade com outras mulheres que enfrentam ataques semelhantes. Ela destacou a dificuldade enfrentada por mulheres não públicas que “encontram o descaso, o desrespeito e a revitimização, quando não a morte”.
“É triste que um adolescente de 17 anos, que confessou a invasão ao meu perfil, esteja no ambiente das redes disposto a espalhar tanto ódio e repulsa às mulheres. Mais absurdo ainda é as plataformas permitirem que crimes de ódio sejam praticados livremente”, afirmou Janja em referência às duas operações realizadas pela Polícia Federal na última semana em Minas Gerais e no Distrito Federal, onde o jovem confessou ter feito a invasão.
Janja ainda fez um apelo afirmando que “precisamos falar sobre a responsabilização das plataformas” sobre a recorrência dos crimes de ódio contra mulheres e a monetização desses eventos pelas plataformas. Ela ressaltou que há uma “máxima machista” de culpar a vítima que ecoa nos crimes virtuais, e pede investigação e punição para as redes.
Ainda no “textão” de volta à rede, Janja reafirmou o compromisso de permanecer atuante nas redes sociais como uma forma de “continuar lutando para que todas as mulheres possam viver suas vidas livres de violência. Seguimos juntas”.