A extradição para a Rússia, porém, ainda está condicionada à conclusão das investigações contra o russo no país por parte das autoridades brasileiras e ao aval do governo. 173r6d
O espião usou um aporte brasileiro falso para tentar entrar na Europa com a suposta intenção de trabalhar no Tribunal Penal Internacional de Haia investigando crimes de guerra decorrentes do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O russo, de 36 anos, no entanto, foi deportado depois que as autoridades holandesas o acusaram de tentar coletar informações sobre julgamentos de crimes de guerra para reá-las a Moscou.
Em julho do ano ado, foi condenado pela Justiça Federal de São Paulo a 15 anos de prisão pelo uso de documento falso e transferido para um presídio em Brasília.
A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) suspeita que o russo usou uma falsa identidade brasileira por dez anos para espionar para Moscou em diversos países.
Segundo o Ministério Público Federal, Cherkasov usou aporte falso para entrar e sair do Brasil pelo menos 15 vezes entre 2012 e 2022.
"Referente ao caso do cidadão russo Serguei Vladimirovich Cherkasov, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informa que foram recebidos dois pedidos de extradição: um primeiro, enviado pela Federação da Rússia; e outro subsequente, solicitado pelos Estados Unidos da América.
No que tange à solicitação russa, o Supremo Tribunal Federal homologou, em 17 de março de 2023, a declaração de entrega voluntária de Serguei Vladimirovich Cherkasov, tendo seu trânsito em julgado ocorrido em 11 de abril de 2023. Contudo, a execução deste pedido está suspensa em face do art. 95 da Lei nº 13.445/2017.
Já no tocante ao pedido dos Estados Unidos, o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) do MJSP considerou improcedente, uma vez que o acusado já possui pedido de extradição homologado pelo STF".