Zonshine afirmou que o Hezbollah tem apoiadores no país principalmente na região da tríplice fronteira entre o Brasil, o Paraguai e a Argentina. Segundo ele, há fugitivos do Oriente Médio e pessoas que apoiam financeiramente as atividades do grupo extremista libanês. 3j2a3y

“O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus. Se escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda. O Hezbollah ia fazer no Brasil o mesmo que fez na Argentina. O grupo é financiado pelo Irã e pelo tráfico de drogas, principalmente”, disse em entrevista ao jornal O Globo em referência a um ataque contra a Associação Mutual Israelita Argentina há cerca de 30 anos.

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A fala do embaixador repercutiu negativamente na Polícia Federal, que se disse “surpresa” com as afirmações. O diretor-geral da corporação, Andrei os Rodrigues, disse que repudia “completamente” a declaração de Zonshine, principalmente pela relação pacífica histórica entre o Brasil e Israel.

“[Causa mal-estar] a maneira como tá sendo explorado um trabalho técnico [o da PF] e que tem com únicas balizas a Constituição do Brasil e as leis brasileiras”, afirmou em entrevista ao G1 na manhã desta quinta (9) ressaltando que a declaração causou um “profundo mal-estar nas relações da PF”.

Além de os, a base governista no Congresso também criticou a presença de Zonshine em uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados. A reunião não teve a pauta divulgada, mas parlamentares disseram à Gazeta do Povo que o embaixador apresentou imagens “bem fortes e impactantes” do massacre que o grupo terrorista Hamas fez contra os israelenses.