A reunião ocorre em meio a uma agenda do grupo no Velho Continente para reforçar as críticas às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e inclui ainda uma visita à Corte Internacional de Justiça em Haia, nos Países Baixos. q1y

A reunião desta quarta (10) também teve a participação de Hermann Tertsch, do partido espanhol Vox, de direita. Além de debaterem o que seriam excessos do Judiciário brasileiro, os deputados também discutiram o recente embate de Moraes com o bilionário Elon Musk através da rede social X (antigo Twitter).

Este, aliás, foi o estopim para amplificar os questionamentos dos brasileiros entre os eurodeputados. Gayer agradeceu a Musk por “espalhar ao mundo o que está acontecendo no Brasil”.

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“Essa ditadura que estamos vivendo. Elon Musk, obrigado pelo que você tem feito, isso realmente nos ajudou em Bruxelas”, disse Gayer.

Bolsonaro também comentou sobre o “grande apoio de pessoas que lutam por liberdade” após a revelação dos “Twitter Files”, que denunciou as ações de Moraes contra o X: “todo mundo no Parlamento está falando do “Twitter Files Brazil”.

O grupo de deputados brasileiros recebeu o apoio dos conservadores do ECR, que disseram que “não podemos deixar o Brasil se transformar em uma ditadura”. Musk acusa Moraes de censura e ditadura, enquanto os deputados da oposição denunciam uma suposta ameaça à liberdade de expressão no país.

Por outro lado, Kicis disse descartou que a visita dos deputados brasileiros ao Parlamento Europeu comprometa a soberaria brasileira, e afirmou que “a vida inteira parlamentares da extrema esquerda viajaram para a Europa para fazer as suas denúncias contra qualquer governo que não fosse o deles. Mas a narrativa agora é que os parlamentares da direita que viajam para interagir com a direita de outros países estão atacando a soberania brasileira e participando de ataques orquestrados. Tomem vergonha! Vocês realmente odeiam a democracia”.

Segundo o grupo, os parlamentares europeus demonstraram interesse no conflito entre a oposição e o STF no Brasil, questionando as decisões judiciais e sua conformidade com a Constituição.

A viagem à Europa é uma continuação dos esforços da oposição para denunciar internacionalmente o que consideram violações dos direitos no Brasil. Em Haia, os deputados pretendem apontar as supostas violações de direitos relacionadas aos presos por suposta participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, ampliando ainda mais o alcance do debate sobre o tema.