“O governo federal não está impondo nada a ninguém, [está atuando] apenas como integrador de processos para melhorar a vida do cidadão e inibir um delito que é o que mais aflige a população hoje em dia”, disse Cappeli.
Ainda segundo o secretário, as pessoas circulam cada vez menos com dinheiro físico, o que tornou o aparelho e o que há nele, como cartões de crédito, dados bancários e pessoais, um novo alvo preferencial dos criminosos.
Cappelli explicou que a iniciativa começou a ser estudada há seis meses a partir de um pedido do ministro Flávio Dino para se encontrar uma solução para este tipo de ocorrência. “A ocorrência na ponta é muito pulverizada”, ressaltou.
O “Celular Seguro” permitirá ao proprietário bloquear todas as funções de risco do dispositivo com um único botão de emergência. Além disso, o dono poderá escolher pessoas de confiança para conceder o à função de bloqueio, tornando o aparelho, nas palavras de Cappelli, “um pedaço inútil de metal”.
“Com apenas um clique, a vítima enviará um aviso simultaneamente para a Anatel, para os bancos, para as operadoras de telefonia e para os demais aplicativos”, afirmou.
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A iniciativa do “Celular Seguro” é uma parceria entre o Ministério da Justiça, a Anatel, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a ABR Telecom, que possibilitou o desenvolvimento da tecnologia. A ABR Telecom será responsável por receber as comunicações enviadas pelo usuário para bloqueio do celular em até um dia útil.
Para utilizar o sistema, o usuário deverá cadastrar-se no site, ado pelo sistema Gov.br com F e senha. A plataforma já está no ar com as ferramentas funcionando, de acordo com apuração da Gazeta do Povo. Veja abaixo como são as telas do programa:
Após aceitar os termos de uso, é necessário adicionar pessoas de confiança, fornecendo nome completo, F, telefone e email do contato escolhido.
Após adicionar as pessoas de confiança, o usuário precisa cadastrar os aparelhos de telefone a serem monitorados para inativação em caso de furto e roubo. São pedidos dados como marca, modelo, o número da linha telefônica, operadora, pessoa de confiança e os números de série e IMEI – este é uma espécie de identidade do aparelho, um número único usado para bloquear o aparelho.
Mas, é preciso ficar atento: a linha cadastrada precisa estar no nome do usuário do Gov.br. Se estiver em outro F, o sistema não irá funcionar.
A pessoa de confiança receberá uma notificação e poderá visualizar o celular cadastrado no aplicativo. Através do ícone do smartphone registrado, essa pessoa terá o ao botão de emergência.
Caso o usuário prefira, também será possível bloquear o celular pela internet, a partir do próprio site. O processo incluirá a escolha do smartphone a ser bloqueado e a informação sobre a natureza da ocorrência, seja perda, roubo ou furto.
As entidades participantes, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Nubank, iFood, Uber, 99, Mercado Livre e outras, receberão o alerta e se comprometem a bloquear todas as contas vinculadas ao dispositivo extraviado em até dez minutos. A Anatel também bloqueará o aparelho e o chip em até 24 horas.