Em relação aos atos de 8 de janeiro, Bolsonaro reforçou que não teve relação com a organização dos protestos e que os episódios de violência contaram com a omissão do atual governo, do presidente Lula (PT).
Quanto à delação premiada de Mauro Cid à Polícia Federal, em um processo no qual Bolsonaro é investigado, o ex-presidente afirmou que está tranquilo e que não haverá nenhuma fala que o comprometa. "O Cid é uma pessoa decente. É bom caráter. Ele não vai inventar nada, até porque o que ele falar, vai ter que comprovar. Há uma intenção de nos ligar ao 8/1 de qualquer forma. E o Cid não tem o que falar no tocante a isso porque não existe ligação nossa com o 8/1", afirmou.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de ser preso, Bolsonaro disse que “dentro da lei, não vislumbra isso”, e que que uma eventual prisão só poderia ocorrer como uma "medida de força". "Eu teria que ter um julgamento. Eu seria preso preventivamente? Por quê? Eu não estou obstruindo as investigações, não estou conversando com quem [outros investigados] tem medidas cautelares, não estou buscando combinar nada com ninguém, tá certo">O ex-presidente também reforçou que tem cobrado que os processos contra ele corram na primeira instância da Justiça, que é a instância correta para quem não possui foro privilegiado. “Isso não está sendo respeitado. Por que eu estou sendo julgado no Supremo Tribunal Federal? Porque ali não cabe recurso para mim", disse.
Sobre seu futuro político, Bolsonaro classificou como “muito difícil” um eventual retorno à presidência da República e disse que no momento isso não é uma prioridade.
"Se um dia vier a acontecer um retorno, o que é muito difícil, a gente saberá como se conduzir melhor, sem a inexperiência que tive no início. O nosso governo, queiram ou não os críticos, marcou a população brasileira", declarou.
Em junho deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o ex-presidente inelegível por 8 anos. A defesa de Bolsonaro tenta recorrer contra a decisão. Ele foi condenado por abuso de poder e desvio de finalidade por realizar uma reunião com embaixadores em julho do ano ado, na qual criticou a credibilidade das urnas eletrônicas. A ação foi proposta pelo PDT no ano ado.
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