Antes mesmo de o governo Bolsonaro começar, essa tendência de aumento de pobreza já se delineava. No ano ado, o IBGE divulgou a Síntese de Indicadores Sociais, que mostrou que ao menos 54,8 milhões de brasileiros viviam com menos de R$ 406 por mês, o equivalente a 26,5% da população enquadrada no critério de pobreza do Banco Mundial – um número maior que o registrado na versão anterior da pesquisa. h6t1v

Esse mesmo estudo analisou os indicadores de pobreza e o investimento que seria necessário para erradicar a pobreza no país. Segundo o IBGE, para fazer com que as 54,8 milhões de pessoas pobres ultraem essa linha, é preciso de um investimento de R$ 10,2 bilhões mensais – e isso está muito além das possibilidades do governo atualmente.

Para piorar, o rendimento médio do brasileiro está patinando e a desigualdade parou de diminuir. A crise econômica brasileira afetou não só o país, mas todo o combate à pobreza na América Latina.

Um cenário que só reforça a importância do Bolsa Família. O Bolsa Família considerado muito bem focalizado e direcionado, o que faz com que traga resultados. Estudo do Ipea mostrou que, nos últimos 15 anos, o programa conseguiu reduzir a extrema pobreza em 25% e a pobreza em 15%, custando apenas o equivalente a 0,5% do PIB.