
No SAU em Cascavel há uma base onde ficam profissionais para atendimento às ocorrências na rodovia. São guinchos, caminhão de combate a incêndio e veículos de apoio para sinalização, por exemplo. 555q39
O socorro médico, antes realizado por médico, socorristas e ambulâncias das concessionárias que istravam as rodovias, agora é atribuído ao Siate e/ou Samu do município onde a ocorrência for registrada. Isso se repete em todo o Paraná. Em caso de ocorrências com múltiplas vítimas ou vários feridos graves, o socorro é acionado de bases maiores, próximos às ocorrências. Um helicóptero do Consamu, consórcio intermunicipal de saúde na região oeste, é acionado com frequência para prestar socorro a feridos graves em todo o perímetro.
No posto de pedágio localizado no município de Cascavel, no km 558 da rodovia, não há estrutura operacional ativa. O antigo pedágio está vazio e o o está impedido por cones. A canalização do tráfego está bem visível com placas e cones, mas a estrutura sofreu depredações. São diversos vidros quebrados, cabines invadidas e vandalizadas. A sede está com vidraças estilhaçadas e a porta principal foi completamente destruída.
Do km 585 até o município de Ibema, a rodovia segue em pista simples e sem terceiras faixas em um trajeto de 61,5 quilômetros. Neste percurso, próximo ao perímetro urbano de Ibema, a reportagem testemunhou uma ocorrência que poderia ter resultado em um acidente grave. Travaram os freios de uma carreta que trafegava no sentido Cascavel-Curitiba. Por sorte, bem próximo ao local havia uma parada de ônibus onde o caminhoneiro pode estacionar. Neste trajeto, com uma série de curvas acentuadas, há vários pontos sem acostamento.
Há pouco mais de fluidez no tráfego no trecho entre Ibema e Guaraniaçu, ainda no oeste do Paraná. O trecho que não contava com terceiras faixas agora tem várias delas. Foram 13 pontos de implantação de faixa adicional, perfazendo pouco mais de 14 quilômetros de extensão, entregues pela concessionária que istrava a rodovia em 2021.
A antiga sede do Serviço de Atendimento ao Usuário de Guaraniaçu fica ao lado esquerdo da rodovia (no sentido Guaraniaçu-Curitiba) e não há bases de apoio trabalhando nela. Na região, essa foi a estrutura mais depredada que a expedição encontrou.
Os banheiros estão completamente destruídos, há acúmulo de lixo na área externa, com dezenas de pneus depositados. Na estrutura interna de banheiros e sala de descanso os vidros, as portas e as janelas foram destruídos. Nos banheiros há muito lixo e o que antes eram pias, agora servem como depósito de dejetos. O mau cheiro toma conta do lugar. Toda fiação foi furtada e uma sala de descanso que chegou a ser lacrada com tapumes foi arrombada e há sinais de que pessoas têm dormido ali.
Em Nova Laranjeiras, já na região central do Estado, na altura do km 480, a reportagem encontrou máquinas na pista fazendo reparos no asfalto. Em todo a viagem esse foi o único ponto em que trabalhadores estavam na pista. Os serviços fazem parte do programa Integra Paraná, do governo do Estado, coordenado pelo DER. O trânsito no local estava operando no modelo pare e siga.
Em praticamente todo o percurso, as pistas de rolamento, sinalizações verticais e horizontais e limpeza no entorno da rodovia estavam em boas condições. Ainda em Nova Laranjeiras, o que se se viu também foram novas terceiras faixas entregues aos condutores em 2021 pela concessionária. Elas garantem pouco mais de fluidez no trânsito em dois segmentos, do km 492 ao km 495 e do km 496 ao km 498, totalizando 4,2 quilômetros de terceiras faixas.
De Nova Laranjeiras a Laranjeiras do Sul, além das curvas perigosas, outro risco diz respeito aos muitos indígenas no entorno da pista comercializando produtos. Crianças caminhavam nas margens da rodovia, muitas vezes sem a supervisão de adultos.
No pedágio no município de Laranjeiras do Sul também não há estrutura para e e serviços. Ali as cabines de cobrança foram arrombadas. Quase todas estavam abertas e tudo o tinha dentro foi destruído ou furtado. Os fios de iluminação elétrica e de telefonia foram levados, mas parte dos vidros estava inteiro. Alguns vidros danificados foram substituídos por tapumes. Na estrutura de apoio à antiga praça, que ficam bem próxima às cabines, portas que haviam recebido lacres foram arrombadas.
No SAU em Laranjeiras do Sul há uma base de apoio com caminhão guincho, de combate a incêndio e carro de apoio. Essa base foi a menos danificada entre todas as percorridas de Foz do Iguaçu a Curitiba. Nela, o maior dano encontrado foi o furto de fios antes dos profissionais chegarem, em março.
Como o local é bem iluminado, atrás dele fica a sede de uma empresa e na frente um grande posto de combustíveis, os vândalos não se empenharam na depredação. A exemplo dos outros SAUs visitados, o o está fechado com cones e a parada está proibida.
Na praça de pedágio de Candói, a última no trecho que era istrada pela Ecocataratas, há boa sinalização para o desvio e canalização do tráfego, mas as quatro cabines inoperantes foram destruídas. Foi um dos poucos lugares onde há placa indicando que é proibido parar e ar o local para descanso, sob pena de multa.
Todas as cabines foram depredadas e a fiação foi furtada. Nos fundos da estrutura há uma quantidade gigantesca de lixo a céu aberto. A maioria cones danificados visivelmente com acúmulo de água. Nesta praça de pedágio também não há instalação de estrutura de apoio.
O SAU de Candói – próximo a Guarapuava, na região central do estado – foi de longe a estrutura que servia de base para atendimento aos usuários mais destruída que a expedição encontrou no trajeto Foz/Curitiba.
Começava pelo excesso de lixo, de todo tipo e por toda parte, dentro e fora da base. O local também está tomado pelo mau cheiro. Nos banheiros, as pias foram completamente destruídas. Torneiras e todos os vasos sanitários foram furtados, a exemplo da fiação. Os vidros foram todos quebrados, tapumes que foram colocados para substituí-los foram arrancados.
Também há sinais de que vândalos usam a estrutura para queimar fios, para retirada do cobre. Há vidros estilhaçados para todos os lados e não há uma única janela inteira. As portas foram todas furtadas e venezianas das janelas que sobraram foram arrancadas e estão penduradas. Nada ali ou desapercebido dos vândalos que seguem usando o banheiro, que não tem mais vasos sanitários. O local ostenta uma placa que sugere denúncia no caso de vandalismo, fazendo contato com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) pelo telefone 191.
Outra agem em nível com elevado fluxo de veículos e extremamente perigosa fica na altura do km 328 onde está, do lado direito da rodovia no sentido Foz-Curitiba, um restaurante com uma importante parada para caminhoneiros, quem viaja de carro ou moto e ônibus de linha.
De Candói a Guarapuava, as condições da pista são boas e foi por lá que se encontrou, nos 636 quilômetros percorridos, o maior canteiro de obras. Estão sendo investidos ali R$ 77,7 milhões pelo governo do Paraná, com a duplicação de mais 4 quilômetros e construção de duas vias marginais em um trecho de quase 4 quilômetros, além de trincheiras, um viaduto, 3 pontes, 2 arelas e a revitalização de 12,2 quilômetros de iluminação pública. A obra inclui ainda duas trincheiras para travessia de pedestres e ciclistas.
Parte do perímetro urbano da BR-277 em Guarapuava está duplicada e a estrutura em edificação promete desafogar o tráfego em um trecho de fluxo intenso percorrido por condutores que querem atravessar a cidade de um lado ou outro e motoristas que querem seguir viagem.
Pouco adiante, nos sete quilômetros da Serra da Esperança (entre os municípios de Guarapuava e Prudentópolis), o perigo é latente. Há terceiras faixas subindo o percurso (para quem trafega no sentido Curitiba-Guarapuava), mas para quem desce não há pontos de ultraagem. O trecho é perigoso e repleto de caminhões carregados que descem, muitas vezes, colados aos veículos de eio. Há sinais de pequenos deslizamentos na encosta da rodovia ao longo da descida da serra. O ponto positivo é que a pista está bem conservada e a sinalização é boa. Chamou a atenção que, no pé da serra, onde há uma área de contenção e escape em caso de veículos ficarem sem freios, aparentemente não há manutenção na estrutura que salva vidas e evita tragédias.
Na antiga sede do pedágio do Relógio, trecho istrado pela concessionária Caminhos do Paraná, há veículos de apoio com guinchos para veículos leves e pesados e caminhão de combate a incêndio. No local também está a antiga sede do SAU. A depredação no local foi similar à identificação na maioria das praças: vidros quebrados e fios furtados.
A parada seguinte foi na praça de pedágio de Irati, ainda na BR-277 istrada pela Caminhos do Paraná, com a estrutura de apoio com profissionais que ficam no local 24 horas por dia. A estrutura física está bem conservada. Há vidros que seguem inteiros, cabines de pedágio que não foram vandalizadas por completo, estrutura de apoio istrativa com profissionais do DER e com o típico sinal do vandalismo se resumindo ao furto de fios.
Neste percurso está outro ponto de agem em nível, no km 233 onde, do lado esquerdo da via para quem segue sentido Curitiba, está uma importante parada com restaurante, posto de combustível e atrações turísticas. Apesar da boa sinalização horizontal, entrada e saída do local oferecem riscos. Basta ver que no asfalto há vários sinais de fortes frenagens na rodovia.
A praça de pedágio seguinte está no km 159 da BR-277 em Porto Amazonas, que conta com a base operacional com guinchos, carros de apoio e profissionais 24 horas por dia aguardando acionamentos.
O local também foi alvo de furto de fios e apesar de algumas placas de trânsito jogadas em frente às antigas cabines de cobrança, retiradas das margens da rodovia, não há sinais latentes de depredação. A sinalização para desvio do tráfego é boa e há cones que impedem o o.
A última praça de pedágio do percurso entre Foz do Iguaçu e Curitiba é de antiga istração da Concessionária Rodonorte. Ela fica na BR-376 em São Luiz do Purunã, no km 132. Entre todas as praças percorridas, essa foi a única do trajeto com um muro de contenção em concreto bastante alto para impedir o de veículos e pedestres, mas que não deteve a depredação. Próximo à antiga base de apoio às cabines de cobrança há bastante mato e as antenas para comunicação foram arrancadas e furtadas, a exemplo, mais uma vez, dos fios.
As cabines de pedágio estão completamente destruídas, algumas apenas com as paredes em pé. Da parte interna delas o que era mobília foi arrancada. Há buracos nas cabines por todos os lados.
No percurso de pouco mais de 26 quilômetros percorridos pela BR-376 até a chegada à capital está um dos pontos mais perigosos do trajeto. Apesar de duplicada, existem vários pontos sem acostamento em um percurso com muitos caminhões carregados que seguem destino ao porto de Paranaguá.
Apesar de diversos radares no trecho, a velocidade máxima da via é ignorada por muitos condutores. Quem conhece o percurso e sabe onde estão os radares aproveita para pisar um pouco mais fundo onde não existe fiscalização eletrônica.
Na chegada a Curitiba, o trânsito travou. O tráfego intenso provocou engarrafamento e lentidão nas proximidades do viaduto Soldado Lucas. O trânsito só voltou a fluir, mesmo assim com lentidão, nas proximidades do entroncamento com a rodovia que leva ao porto de Paranaguá, para onde seguiu a maior parte dos caminhões. “Não importa o horário que e aqui, é sempre assim, lento e demorado”, disse um caminhoneiro.
Neste dia em especial (8 de dezembro) a situação era ainda pior porque havia pontos de bloqueio na rodovia no sentido litoral em decorrência das quedas de barreiras provocadas pelas chuvas intensas.
Desde o término da concessão do pedágio na BR-277, no trecho que liga Curitiba a Paranaguá, a qualidade da estrada decaiu muito, apontam motoristas que percorrem o trajeto. Há reclamações da falta ou da sujeira acumulada nos tachões refletivos na pista (“olhos de gatos”) e de placas de sinalização sem limpeza periódica, o que prejudica, principalmente, viagens no período noturno.
Há buracos grandes no asfalto, principalmente nas faixas com grande volume de tráfego de caminhões - além das dificuldades adicionais pós-deslizamentos de terra que forçam o tráfego a seguir em meia pista, nos dois sentidos. Em diversos pontos há veículos de resgate do DER.
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Após 24 anos de pedágio, dos 663,3 quilômetros percorridos de Foz do Iguaçu a Curitiba, menos de 20% deles estão duplicados. Uma das expectativas nos contratos de concessão firmados em 1998 era a duplicação completa da rodovia.
Há longos percursos com trânsito lento por conta do tráfego de caminhões, já que a rodovia é um importante corredor de escoamento das safras do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraguai e Argentina. Na região central do estado, onde o trajeto é mais sinuoso, há longos trechos sem acostamento e são raras as terceiras faixas. Também foram poucas as arelas encontradas para agem de pedestres e ciclistas. O que se viu foram pedestres atravessando a rodovia, muitas vezes correndo para não serem atingidos por um veículo em alta velocidade.
Apesar de a rodovia estar em boas condições, há diversos pontos em todo o trajeto onde amicrofissuras começam a aparecer, indicando que em pouco tempo o asfalto poderá abrir buracos. A reportagem não detectou o funcionamento de nenhuma balança nas margens da rodovia, para controle do peso dos veículos de carga, ao longo de todo o trajeto percorrido.
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