A vacina está em desenvolvimento desde 2020 e não depende de insumos importados, o que torna baixo o custo de produção do imunizante. A tecnologia utilizada pelos pesquisadores utiliza partes específicas da proteína que permite a entrada do coronavírus nas células saudáveis. 9k1g
Assim, não é necessário usar o vírus inteiro, mesmo que inativado, na produção da vacina paranaense. Além da proteína, o imunizante usa outro componente inerte ao corpo humano, uma vez que segundo os pesquisadores trata-se de um material biodegradável e biocompatível com seres humanos.
Atualmente, o desenvolvimento está na chamada fase pré-clínica. Os pesquisadores conseguiram sintetizar a proteína a partir de células de mamíferos, e não mais a partir de bactérias como vinha sendo feito anteriormente. Com a mudança, aumentou o desenvolvimento de anticorpos neutralizantes capazes de bloquear a infecção provocada pela Covid-19.
Para concluir a etapa pré-clínica do desenvolvimento, os pesquisadores dependem do ensaio de proteção animal. Nesta etapa, que será realizada em parceria com o Instituto Carlos Chagas, animais vacinados são expostos ao coronavírus, o que permite verificar a eficácia do imunizante. Após a conclusão, e com a autorização da Anvisa, será possível planejar o recrutamento de voluntários para a primeira etapa dos testes com seres humanos.
Mais do que concluir o desenvolvimento de uma vacina paranaense contra a Covid-19, o trabalho dos pesquisadores pode tornar realidade a criação de um polo nacional de produção e desenvolvimento de imunobiológicos, como aponta o professor Emanuel Maltempi de Souza.
“Todos temos o que aprender, isso vale para as indústrias, para os cientistas e para os órgãos reguladores. No momento em que o Brasil tiver a capacidade tecnológica de desenvolver e produzir uma vacina, estaremos em uma situação muito melhor. E isso está sendo visto pelos diversos níveis governamentais”, avaliou.