De acordo com o professor, a encosta apresenta em seu subsolo blocos que se movimentaram uns sob os outros há milhões de anos. Essa movimentação, explicou o professor, criou o que ele chamou de plano de fraqueza bem no meio da encosta. “Esse deslizamento ocorreu exatamente onde está esse plano de fraqueza”, explicou. 2r1n47

Em análise, os pesquisadores descobriram que o tipo de rocha que forma o maciço que deslizou contém minerais que tornam a pedra mais porosa. Com os grandes volumes de chuva como os registrados, essa água se infiltrou na rocha, o que facilitou o processo de deslizamento.

“O que controla esses deslizamentos são essas fraturas na rocha, mas o que deflagra é a chuva intensa. A precipitação pluviométrica muito intensa lubrifica esses planos de fraqueza e daí aquele maciço se mobiliza e cai”, completou o professor.

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DNIT não deixou claro quais obras serão necessárias no local 442r3t

O DER-PR informou que tem deixado veículos e equipes de inspeção e sinalização de emergência no local. “Os serviços”, informou o órgão em nota encaminhada à RPC, “estarão à disposição para a operação de liberação da pista e durante a realização de qualquer obra no local, cabendo ao DNIT a execução das mesmas”.

A Defesa Civil também se manifestou por meio de nota, orientando que a liberação total do trecho só seja feita após as intervenções necessárias para a segurança dos motoristas que utilizam o trecho. Assim como o DER, a Defesa Civil também reforçou que a liberação total da via depende de cronograma do DNIT.

O DNIT não forneceu mais detalhes sobre quais tipos de intervenção terão que ser feitas no local do deslizamento. Questionado sobre as obras de contenção necessárias, o órgão disse apenas que está “sendo feito o monitoramento da movimentação das rochas com o uso de equipamento topográfico”, e que a previsão é “que a execução das obras e liberação das pistas ocorra na primeira quinzena de dezembro, antes do período de festas de final de ano”.