Segundo o comando da hidrelétrica, de “2009 a 2021, o valor ficou congelado em US$ 22,60 kW e que 2022, com a redução no pagamento da dívida para construção da usina, a queda foi de 8%, chegando a US$ 20,75 kW”. 4l252j

Enio Verri reforçou que em 2023 a tarifa foi fixada em US$ 16,71 kW, valor 26% menor ao praticado no comparativo. “A Itaipu é uma empresa binacional e todas as nossas decisões são tomadas em consenso com o Paraguai. A queda no valor da tarifa de Itaipu foi fruto de muito diálogo, muita negociação, visto que o nosso sócio gostaria que o valor voltasse aos mesmos patamares praticados até 2021”, respondeu no Senado

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Em agosto ado, a Itaipu lançou o programa Itaipu Mais Que Energia quando disponibilizou quase R$ 1 bilhão em projetos para 434 municípios, sendo os 399 paranaenses e outros 35 no Mato Grosso do Sul, que integram a área de atuação da usina, de acordo com a binacional.

Os gestores municipais tiveram até o fim de setembro para apresentar projetos em áreas pré-definidas pela hidrelétrica e a expectativa da é de liberação de verbas com “pouca burocracia”. O objetivo é que cerca de 70% deste volume já estejam nas contas das prefeituras até o fim deste ano.

Ao tratar da liberação de recursos da hidrelétrica para os mais diversos segmentos, o senador Esperidião Amim (PP-SC) disse ser essencial ouvir Verri no Senado. Foi dele o requerimento que convocou o diretor-geral da binacional para falar à Comissão de Infraestrutura. “Um orçamento que a diretoria aprova, de US$ 500 milhões de investimento, sem conhecimento do Congresso, é um orçamento secreto", contesta .

Enquanto a Revisão do Anexo C não chega ao fim, o que vale são as regras atuais para utilização dos recursos, inclusive daqueles que antes eram destinados ao pagamento da dívida. A informação é da própria Binacional. A hidrelétrica afirmou à Gazeta do Povo que, como não visa lucros, os recursos não podem ficar em caixa e estão tendo destinação certa.

A Itaipu não informou quais valores já deixaram de ser pagos que seriam referentes aos financiamentos, mas destacou em nota que “todos os recursos são aplicados para garantir o fornecimento de energia limpa e renovável para o Brasil e o Paraguai, a manutenção de projetos no campo da responsabilidade social e ambiental e de investimentos no desenvolvimento sustentável dos dois países”.

Ainda conforme a nota da binacional, “a entidade não retêm consigo quaisquer recursos financeiros” e que a tarifa de energia de Itaipu é definida, anualmente, por consenso entre Brasil e Paraguai, diante do alinhamento de interesses dos dois governos, denominado Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse). Na composição tarifária é considera as despesas de exploração, os encargos do Anexo C, como o pagamento dos royalties, além de empréstimos e financiamentos, como exemplo, a antiga dívida de construção da usina.

“Os recursos da Itaipu, por força de seu Tratado e do Anexo C, são integralmente empregados na operação, manutenção e gestão da empresa, desde 2005 em projetos no campo da responsabilidade social e ambiental, nos encargos do Anexo C e no pagamento dos empréstimos e financiamentos contraídos. Não há outras destinações", garante.

"Como o Tratado estabelece que Itaipu não pode ter lucro, a eliminação da dívida de construção da usina, que foi totalmente quitada em fevereiro deste ano, reduziu a tarifa de energia para as concessionárias de distribuição das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, diminuindo, nessa medida, a conta dos consumidores", acrescenta a empresa.

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A Itaipu Binacional informou que nos últimos anos investiu R$ 1,6 bilhão em grandes obras de infraestrutura como a Ponte da Integração, construída durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), que está concluída, mas sem a infraestrutura de o segue inoperante.

No contexto das grandes edificações custeadas pela binacional está ainda a Perimetral Leste, iniciada no Governo de Bolsonaro, essencial para o funcionamento da segunda ponte, mas que caminha em os lentos para conclusão.

Há ainda a duplicação da Rodovia das Cataratas, obra também iniciada no governo Bolsonaro e que segue em andamento, somada ao asfaltamento da BR-487, a Estrada Boiadeira, além da ampliação da pista do aeroporto de Foz do Iguaçu, edificação iniciada também durante o governo de Jair Bolsonaro.

"Nessa gestão [presidente Lula] foram redirecionados os investimentos socioambientais. Um dos programas que exemplifica essa linha de ação são projetos que contribuem para o desenvolvimento da sociedade é o Itaipu Mais que Energia", afirma a binacional. "Com esta ação, a Itaipu oferece uma contribuição concreta à implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas", justifica.

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