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O atraso com a soja deverá afetar outro cultivo: o do milho. As áreas com a oleaginosa precisam ser colhidas para a semeadura da segunda safra do milho, que é a que representa maior volume de produção do cereal no país.
O Paraná vai destinar 2,6 milhões de hectares ao grão e espera colher, em uma projeção inicial, 15,4 milhões de toneladas. O Brasil calcula uma colheita na segunda safra de 93,1 milhões de toneladas. Assim, o Paraná representa 17% do que deve ser colhido no país, considerando apenas a segunda safra.
“Em algumas regiões, como no oeste do Paraná, o zoneamento acaba agora e a avaliação que fazemos é que parte dos produtores poderá plantar fora do zoneamento ou vai migrar para outros cultivos”, avalia Edmar Gervásio.
Com base no levantamento do Deral divulgado nesta terça-feira, o Paraná plantou algo próximo a 26% da área estimada à safrinha. Há duas semanas, esse indicador era de apenas 12%. “Nas duas safras produzimos cerca de 19 milhões de toneladas de milho, mas o maior volume vem deste cultivo”, explica.
As principais regiões produtoras no estado deverão ser, em 2023, o norte, com 983 mil hectares, e o oeste, com 788 mil hectares. A produção nestas duas regionais está estimada em 5,5 milhões de toneladas e 4,85 milhões de toneladas, respectivamente. “A situação que mais preocupa é a do oeste, onde o zoneamento encerra na maioria dos municípios nesta semana. No norte ele se estende um pouco mais “, destaca o secretário Norberto Ortigara.
No oeste do Paraná, em torno de 7% das áreas haviam sido cultivadas com milho até a semana ada e os produtores terão, na maioria dos municípios, até o fim da próxima semana para plantar. A região representa quase um terço da produção estadual e 5% da produção nacional no segundo ciclo do milho. Um novo boletim regional será publicado pelo Deral na quinta-feira (2).
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