“Entre manter a obra inacabada por causa de produtos e materiais que são inviáveis de serem utilizados simplesmente por não estarem mais disponíveis do mercado e retirar esses pontos do contrato para serem atacados em um novo projeto em breve, preferimos a segunda opção. Esse projeto vai ser refeito em um futuro próximo, porque se trata de pontos que não impactam as aulas de forma tão significativa. Creio que dentro de mais uns cinco anos teremos um novo projeto para essas e outras novas áreas dentro do Colégio Estadual do Paraná”, comentou Bueno. i2c4c

A reportagem apurou que há também preocupação com o mobiliário original do colégio, feito em sua maioria de madeira de lei maciça. Armários e cadeiras, como as do auditório, foram removidos do Colégio Estadual do Paraná e armazenadas em um galpão no Parque da Ciência Newton Freire Maia. Questionado sobre as condições de armazenamento desses móveis, o diretor do Fundepar garantiu que para o parque foram encaminhados os móveis com possibilidade de serem reutilizados. Outros, danificados por mau uso e pelo tempo, foram restaurados ou mesmo substituídos.

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“O objetivo era recuperar o máximo possível desses materiais, porque muitos desses móveis, cadeiras, armários, são feitos de madeiras que hoje não estão mais disponíveis para compra. Mas parte desse acervo acabou se degradando, inclusive por causas naturais. Foi montada uma marcenaria lá dentro do colégio porque tivemos que buscar algumas alternativas no mercado. Afinal, foram 70 anos de uso. Mas eu posso garantir que foi tomado um cuidado mais do que especial, seguindo tudo o que estava previsto no projeto”, disse.

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Esses e outros pontos de não-conformidades já foram identificados em uma vistoria feita há algumas semanas no Colégio Estadual do Paraná. Nas contas de Bueno, o laudo tem 20 páginas e traz detalhes como a instalação de tomadas em locais que dificultam o uso de equipamentos elétricos e a necessidade de reparo de estruturas já entregues em 2020. As correções foram solicitadas à empresa responsável, que por contrato precisa oferecer cinco anos de garantia sobre a obra. Outras duas vistorias ainda estão agendadas antes de a obra ser considerada entregue ao Estado.

“A empresa vai voltar, arrumar, ajustar, sem problema nenhum. Isso não nos preocupa, porque tudo isso foi identificado nessa vistoria de pendências. A direção da escola está acompanhando a obra, verificando o que está funcionando e o que precisa de reparo. No final das contas, o benefício trazido pela reforma vai manter a escola funcionando perfeitamente por mais 20 anos, pelo menos. Mas o nosso objetivo é não deixar ar tanto tempo para que uma nova intervenção seja feita. Num geral, uma obra de restauro demanda mais capricho que velocidade. Por isso, preferimos concluir, considerar a obra entregue, e ela ficou maravilhosa”, avaliou o diretor.