Unidade está em parque tecnológico de referência 4uei
A unidade da Embrapa está instalada no município de Toledo, na sede do Biopark, o parque tecnológico de 4ª geração voltado à pesquisa e inovação em um território de mais de 5 milhões de metros quadrados em um ecossistema com quatro universidades, sendo três federais (UFPR, UTFPR e IFPR). Tem um centro de pesquisas com dezenas de laboratórios em funcionamento e uma área promissora para investimentos imobiliários, residenciais e comerciais.
Em agosto foi anunciada a primeira pesquisa a ser desenvolvida pela unidade da Embrapa. “O projeto da Umipi Oeste Paranaense tratará sobre o ordenamento territorial com foco na piscicultura, uma parceria da Embrapa Pesca e Aquicultura e o Biopark Educação, junto à Fundação Araucária. A finalidade é apresentar um diagnóstico ambiental e socioeconômico da piscicultura no estado do Paraná, com parametrização de variáveis ambientais, socioeconômicas, agrícolas e de infraestrutura que possam subsidiar o planejamento, as tomadas de decisão e a formulação de políticas públicas para a atividade aquícola no Paraná”, afirma a prefeitura de Toledo, onde a unidade está implantada.
O município é referência nacional na produção dos três segmentos pecuários e possui, há uma década, o maior Valor Bruto da Produção Agropecuária do Paraná (VBP) que, neste ano, chegou a R$ 4,3 bilhões. Doas 34 municípios do estado que possuem VBP superior a R$ 1 bilhão, nove estão na região oeste. Juntos, somam R$ 20 bilhões à produção agropecuária. “Toledo tem uma característica inovadora. Somos o maior produtor de alimentos do Paraná e estes avanços, a partir da presença da Embrapa, começarão a ser percebidos”, diz o prefeito e presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), Beto Lunitti.
Para o vice-presidente do Biopark, Paulo Almeida, o motivo de a instituição investir em inovações é a geração contínua do desenvolvimento econômico. “Não faz sentido investir em inovação sem entregar um crescimento econômico para a região”, afirma.
A Embrapa considera que a unidade está localizada na “mais importante região de produção de aves, suínos e peixes do Brasil” e que o objetivo é planejar, coordenar e executar um portfólio composto por programas, projetos e ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação para aumentar a produtividade, sustentabilidade e competitividade dessas cadeias produtivas no estado e, consequentemente, no país.
“A Embrapa se faz representar pela Embrapa Suínos e Aves e tem a missão de ampliar seu escopo de atuação, especialmente na principal região produtora de aves e suínos. Toledo é na atualidade o maior produtor de aves e suínos do Brasil. Além disso, o Estado do Paraná está se aproximando da marca de mais de 40% da exportação de frangos, devendo crescer ainda mais, bem como na suinocultura. Para que a Embrapa Suínos e Aves consiga manter seu protagonismo é absolutamente necessária uma estrutura na região Oeste do Paraná, próximo a um polo de inovação e com uma boa interlocução com as cadeias de aves e suínos”, explica o órgão.
Quanto à produção de tilápias, a Embrapa ressalta que a espécie é majoritariamente produzida no estado do Paraná e respondeu por 182 mil toneladas de um total de 188 mil toneladas de cultivo em 2022. “O estado produz 22,4% de peixes de cultivo e 34,1% de tilápia do país. No Oeste do Estado está o maior polo produtor de tilápias do Brasil com destaque ao sistema integrado de produção com a atuação de grandes cooperativas que oferecem aos seus cooperados os principais insumos (ração, alevinos, vacinas), assistência técnica, apoio e logística na despesca, industrialização e comercialização. Apesar de sua produção vir ascendendo anualmente (11,1% de crescimento anual em 2020 e 9,3% em 2021), a intensificação dessas atividades traz consigo desafios que podem comprometer sua sustentabilidade”, enumera.
Para a Empresa, entre os desafios estão preços elevados dos insumos, em especial a ração; o déficit hídrico em determinados períodos do ano e consequente implicação na qualidade da água; elevação dos custos de energia e escassez de mão de obra. “A Embrapa Pesca e Aquicultura também integra esse esforço com o compromisso de desenvolvimento de tecnologias que aumentem a competitividade da cadeia por meio do aumento de produtividade e redução de custos e uso eficiente de insumos de forma a garantir um sistema de produção sustentável e agregação de valor ao produto por meio de uma economia circular”, reforça.
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